Folha de Londrina

Para craque croata, ‘uma celebração do futebol’

- Claudinei Queiroz

“Podemos ser amigos depois do jogo, mas em campo cada um de nós luta pelo seu país”, comentou Modric sobre Vinicius Junior, companheir­o de Real Madrid

São Paulo - Quatro anos depois, Modric tenta novamente levar seu país adiante na Copa do Catar, mas, para isso, terá de superar nas quartas de final o que ele considera um dos grandes favoritos ao título: o Brasil. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), na véspera do duelo (às 12h de Brasília), Modric deixou claro que reconhece a superiorid­ade brasileira, mas, mesmo assim, ainda acredita ser possível sair de campo vitorioso.

“O Brasil tem jogadores fenomenais em todas as posições. Temos de ser agressivos, correr no limite e não os deixar jogar. Isso é importante quando não temos a bola, temos que ser agressivos e firmes e não deixá-los escapar”, afirmou o capitão na entrevista publicada pelo site croata Sportske Novosti, destacando que enfrentar as seleções de Brasil e Argentina é sempre uma “celebração do futebol”.

“Brasil e Argentina são os melhores times do mundo, com muitos grandes jogadores. Gosto de vê-los, é divertido jogar contra esses times. Temos uma dessas chances amanhã [hoje].

Também jogamos na Argentina e no Brasil. É uma celebração do futebol e algo que todo jogador deseja. Estes são os grandes nomes do futebol.”

O camisa 10 croata, assim como a imprensa de seu país, está comparando o confronto contra a seleção canarinho com a final da Copa de 2018, contra a França, em termos de dificuldad­e e de importânci­a. “A França é como esse jogo, só que foi a final. Mas o jogo é assim...”

Modric também se disse feliz pela classifica­ção às quartas de final, após superar o Japão nos pênaltis, mas afirmou que sua seleção ainda quer mais no Catar.

“Talvez a maior partida do torneio nos espere contra um dos favoritos ao título. Eles são sempre os favoritos, mas de acordo com o que têm mostrado neste campeonato, estão justamente nesse grupo. Temos que ser verdadeiro­s, dar o nosso melhor, como em todos os jogos até aqui. Nesse caso, temos uma chance. Não estamos satisfeito­s com as quartas”, avisou o jogador do Real Madrid. “Sabemos que temos pela frente um grande adversário, mas temos qualidades, acreditamo­s em nós mesmos e é assim que vamos nos posicionar”.

ÍDOLOS E ÍDOLOS

Durante entrevista no programa televisivo da Inglaterra Bein Sports, o ex-meia Kaká explicou que o tratamento dos brasileiro­s com seus ídolos no futebol não é dos melhores. Ele citou, entre os principais exemplos, Ronaldo Fenômeno e Neymar. “É estranho falar isso, mas muitas pessoas (brasileira­s) não torcem para o Brasil. Eu sei que é estranho, mas acontece às vezes. Nós, brasileiro­s, às vezes não reconhecem­os nossos talentos. Se vocês (estrangeir­os) virem o Ronaldo Fenômeno andando por aqui, vão pensar ‘uau’, porque ele tem algo diferente. No Brasil, é só mais um gordo andando pela rua”, iniciou Kaká, citando também o atual camisa 10 do PSG e seleção brasileira. “Nesse momento, muitas pessoas estão falando do Neymar de uma forma negativa”, acrescento­u.

POLÊMICA

Durante a Copa do Catar, Kaká e outros pentacampe­ões mundiais de 2022 se envolveram em polêmica com o comentaris­ta e ex-jogador da Seleção, Casagrande. O ex-atacante do Corinthian­s e Flamengo criticou a postura de alguns campeões pelo Brasil, como Kaká, Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos e Rivaldo de acompanhar­em os jogos do Mundial em camarotes da Fifa e não entre a torcida brasileira, como fazem alguns exjogadore­s da seleção argentina. Os ex-atletas rebateram afirmando que estão no Catar a trabalho e a serviço da Fifa.

CAIU

A Federação Espanhola anunciou nesta quinta-feira (8) que o técnico Luis Enrique não segue no cargo após a eliminação da Copa do Mundo. O treinador, que estava no cargo desde julho de 2018, se despediu oficialmen­te da seleção nas redes sociais. A Espanha foi eliminada nas oitavas de final da Copa, após empatar com Marrocos por 0 a 0 e ser superada nos pênaltis. O novo treinador será Luis de la Fuente, que estava na seleção sub21.

ARTILHEIRA

A Copa do Catar pode ser tornar a mais artilheira desde que o formato atual com 32 equipes foi adotado, em 1998. O atual Mundial tem uma média de 2,64 gols por jogo, a mesma registrada na Rússia. As duas edições com mais gols até aqui são a da França, em 1998, e a do Brasil, em 2014, com média de 2,67 gols.

Talvez a maior partida do torneio nos espere contra um dos favoritos ao título e eles são sempre favoritos”

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Jack Guez/AFP

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