Para craque croata, ‘uma celebração do futebol’
“Podemos ser amigos depois do jogo, mas em campo cada um de nós luta pelo seu país”, comentou Modric sobre Vinicius Junior, companheiro de Real Madrid
São Paulo - Quatro anos depois, Modric tenta novamente levar seu país adiante na Copa do Catar, mas, para isso, terá de superar nas quartas de final o que ele considera um dos grandes favoritos ao título: o Brasil. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), na véspera do duelo (às 12h de Brasília), Modric deixou claro que reconhece a superioridade brasileira, mas, mesmo assim, ainda acredita ser possível sair de campo vitorioso.
“O Brasil tem jogadores fenomenais em todas as posições. Temos de ser agressivos, correr no limite e não os deixar jogar. Isso é importante quando não temos a bola, temos que ser agressivos e firmes e não deixá-los escapar”, afirmou o capitão na entrevista publicada pelo site croata Sportske Novosti, destacando que enfrentar as seleções de Brasil e Argentina é sempre uma “celebração do futebol”.
“Brasil e Argentina são os melhores times do mundo, com muitos grandes jogadores. Gosto de vê-los, é divertido jogar contra esses times. Temos uma dessas chances amanhã [hoje].
Também jogamos na Argentina e no Brasil. É uma celebração do futebol e algo que todo jogador deseja. Estes são os grandes nomes do futebol.”
O camisa 10 croata, assim como a imprensa de seu país, está comparando o confronto contra a seleção canarinho com a final da Copa de 2018, contra a França, em termos de dificuldade e de importância. “A França é como esse jogo, só que foi a final. Mas o jogo é assim...”
Modric também se disse feliz pela classificação às quartas de final, após superar o Japão nos pênaltis, mas afirmou que sua seleção ainda quer mais no Catar.
“Talvez a maior partida do torneio nos espere contra um dos favoritos ao título. Eles são sempre os favoritos, mas de acordo com o que têm mostrado neste campeonato, estão justamente nesse grupo. Temos que ser verdadeiros, dar o nosso melhor, como em todos os jogos até aqui. Nesse caso, temos uma chance. Não estamos satisfeitos com as quartas”, avisou o jogador do Real Madrid. “Sabemos que temos pela frente um grande adversário, mas temos qualidades, acreditamos em nós mesmos e é assim que vamos nos posicionar”.
ÍDOLOS E ÍDOLOS
Durante entrevista no programa televisivo da Inglaterra Bein Sports, o ex-meia Kaká explicou que o tratamento dos brasileiros com seus ídolos no futebol não é dos melhores. Ele citou, entre os principais exemplos, Ronaldo Fenômeno e Neymar. “É estranho falar isso, mas muitas pessoas (brasileiras) não torcem para o Brasil. Eu sei que é estranho, mas acontece às vezes. Nós, brasileiros, às vezes não reconhecemos nossos talentos. Se vocês (estrangeiros) virem o Ronaldo Fenômeno andando por aqui, vão pensar ‘uau’, porque ele tem algo diferente. No Brasil, é só mais um gordo andando pela rua”, iniciou Kaká, citando também o atual camisa 10 do PSG e seleção brasileira. “Nesse momento, muitas pessoas estão falando do Neymar de uma forma negativa”, acrescentou.
POLÊMICA
Durante a Copa do Catar, Kaká e outros pentacampeões mundiais de 2022 se envolveram em polêmica com o comentarista e ex-jogador da Seleção, Casagrande. O ex-atacante do Corinthians e Flamengo criticou a postura de alguns campeões pelo Brasil, como Kaká, Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos e Rivaldo de acompanharem os jogos do Mundial em camarotes da Fifa e não entre a torcida brasileira, como fazem alguns exjogadores da seleção argentina. Os ex-atletas rebateram afirmando que estão no Catar a trabalho e a serviço da Fifa.
CAIU
A Federação Espanhola anunciou nesta quinta-feira (8) que o técnico Luis Enrique não segue no cargo após a eliminação da Copa do Mundo. O treinador, que estava no cargo desde julho de 2018, se despediu oficialmente da seleção nas redes sociais. A Espanha foi eliminada nas oitavas de final da Copa, após empatar com Marrocos por 0 a 0 e ser superada nos pênaltis. O novo treinador será Luis de la Fuente, que estava na seleção sub21.
ARTILHEIRA
A Copa do Catar pode ser tornar a mais artilheira desde que o formato atual com 32 equipes foi adotado, em 1998. O atual Mundial tem uma média de 2,64 gols por jogo, a mesma registrada na Rússia. As duas edições com mais gols até aqui são a da França, em 1998, e a do Brasil, em 2014, com média de 2,67 gols.
Talvez a maior partida do torneio nos espere contra um dos favoritos ao título e eles são sempre favoritos”