Araruna e Marialva produzem mais de 70% das rosas no PR
Há muita chance de algumas rosas que chegarão neste domingo (12) às mãos de mulheres paranaenses como presente de Dia das Mães terem sido produzidas em dois municípios do Norte do Estado. Araruna, no noroeste, e Marialva, norte central, concentram 73% da produção de rosas no Paraná. Essa hegemonia está em um levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural), órgão ligado à Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento), com dados de 2022.
Araruna, com a produção de 110 mil dúzias de rosas, responde por 38,5% da produção estadual. Marialva, por sua vez, produziu 100 mil dúzias de rosas em 2022, com participação de 34,5%.
O VBP (Valor Bruto da Produção), riqueza resultante da produção de rosas em Araruna e Marialva, passou de R$ 2,8 milhões nos dois municípios somados – R$ 1,48 milhão e R$ 1,35 mihão, respectivamente. Segundo o Deral, a produção de rosas no Paraná está concentrada em apenas 10 municípios.
Antonio Camilo Ramalho Sobrinho, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Araruna, destaca que nos últimos anos o número de produtores de rosas caiu no município, no entanto, o volume total da produção cresceu, além do incremento da qualidade. “Em 2011 tínhamos nove produtores, e hoje temos três”, compara.
A produção das rosas é 100% familiar. “É uma atividade significativa. Temos muitas caravanas de moradores de outros municípios que visitam Araruna para conhecer a produção”, pontua. A comercialização se dá em municípios da região, atendendo floriculturas, decoradores de festas, igrejas e eventos particulares.
Entre as características de Araruna que favorecem o cultivo das rosas, o secretário destaca o solo argiloso e bem corrigido. “Como o cultivo é em estufa, trabalhamos com irrigação por gotejamento e aspersão para molhar as folhas e trazer umidade”, pontua.
Entre os desafios da atividade, o secretário destaca a busca por técnicos que tenham conhecimento sobre pragas e doenças. “Mas é uma atividade rentável, que envolve as famílias e ajuda a segurar os jovens no campo.” Sobrinho acrescenta que a secretaria trabalha na conservação das estradas rurais e na orientação dos produtores. “Orientamos sobre financiamentos, onde comprar material de estufas, adubo, mudas, produtos biológicos”, enumera.
Em Araruna, o cultivo da flor é 100 por cento familiar. Os dois municípios produziram juntos 210 mil dúzias de rosas
EXPECTATIVA
A produtora Aparecida Bondezan Ramalho começou a cultivar rosas há 13 anos em Araruna, iniciando com 2,5 mil roseiras de três variedades. Durante esse tempo, a produção registrou um salto: hoje são 21 mil pés cultivados, de 13 variedades distintas.
A produção alcançou 19 mil dúzias de rosas no ano passado. Para este ano, a expectativa é alavancar o volume em quase 30%, chegando a 24 mil dúzias. “Nossa esperança é que volte a haver eventos como tinha antes da pandemia. Antes os decoradores usavam de 100 a 200 dúzias por evento, mas agora não estão usando nem a metade”, compara. Dependendo da variedade, a unidade sai de R$ 1,25 a R$ 2,00.
Para garantir o máximo em produtividade e qualidade, Ramalho pontua que o primeiro passo é fazer a correção do solo. “Busco mu