Folha de Londrina

Estudo da Amep propõe reduzir número de municípios da RML

Dentre as duas propostas de reconfigur­ação, aap osta da agênci aé na redução de 25 para 7 municípios

- Jessica Sabbadini

A Agência de Assuntos Metropolit­anos do Paraná defende que o número de cidades que integram a Região Metropolit­ana de Londrina seja reduzido de 25 para 7. A recomendaç­ão leva em conta requisitos como transporte público, meio ambiente, malha urbana e conurbação. Estudo recomenda a extinção de 5 das 8 regiões metropolit­anas existentes hoje no estado.

Um estudo desenvolvi­do ao longo dos últimos três anos propõe uma redução no número de municípios da RML (Região Metropolit­ana de Londrina). O trabalho, que vem sendo desenvolvi­do pela Amep (Agência de Assuntos Metropolit­anos do Paraná), prevê duas propostas de recorte, em que a RML passaria a contar com 16 ou 7 municípios.

Presidente da Amep, Gilson Campos explica que a proposta apoiada pela agência é a de que a RML passaria a ser composta pelas cidades de Cambé, Ibiporã, Rolândia, Arapongas, Apucarana e Jataizinho, levando em conta a conurbação dos municípios com a metrópole, que é Londrina.

“A Amep defende essa proposta porque são realmente os municípios que têm essa caracterís­tica metropolit­ana por serem conurbados”, aponta. Por conta da proximidad­e, os projetos e programas de cada município serão compatibil­izados com o órgão metropolit­ano, já que cada decisão de um ente pode influencia­r o outro, como, por exemplo, os planos diretores e de mobilidade.

O segundo recorte deixaria de fora os municípios mais afastados de Londrina, sendo eles: Primeiro de Maio, Porecatu, Guaraci, Centenário do Sul, Lupionópol­is, Alvorada do Sul, Sertanópol­is, Rancho Alegre e Sertaneja. Nesse formato, a RML passaria a contar com 16 cidades. Ainda há uma terceira opção, em que a configuraç­ão permanecer­ia como está, com 25 municípios.

Com um custo estimado em R$ 1 milhão, o estudo levou em conta alguns requisitos para redesenhar a região, como o transporte público, meio ambiente, malha urbana e conurbação. “Quando a gente fala de metropolit­ano, tem muito essa caracterís­tica do município que se conurba com a metrópole”, aponta. O PDUI (Plano de Desenvolvi­mento Urbano Integrado) foi trabalhado em parceria com todos os municípios da RML ao longo de mais de 90 reuniões.

MAIS EXTINÇÕES

Em todo o Paraná, os trabalhos estão sendo direcionad­os para extinguir cinco das oito regiões metropolit­anas por não terem os requisitos mínimos necessário­s, como o movimento pendular e a malha urbana compartilh­ada. Nesse cenário, restariam apenas Londrina, Maringá e Curitiba, que estão passando pela revisão no número de municípios que compartilh­am, de fato, uma ligação com a metrópole.

O estudo, em Londrina, é o mais avançado e já está mais de 85% concluído. Os demais ainda estão em fases iniciais, mas em Maringá, por exemplo, o trabalho prevê que a região metropolit­ana caia de 26 para 13 municípios.

O próximo passo para dar andamento na revisão, segundo ele, é uma apresentaç­ão final de todo o estudo para os municípios. A expectativ­a é de colocar até o fim de 2024 para votação na AL (Assembleia Legislativ­a).

Apesar de garantir que não haverá prejuízos econômicos para os municípios que possam deixar a RML, Campos ressaltou que alguns prefeitos se mostraram preocupado­s com a nova reconfigur­ação.

Como o estudo começou a ser desenvolvi­do em 2021, o presidente da Amep aponta que ele ainda pode sofrer alterações por conta do desenvolvi­mento de cada município. “Se o município, revisitand­o esses estudos, traga uma justificat­iva diferente, um embasament­o diferente, a gente pode rever”, ressalta.

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Sergio Ranalli “A Amep defende essa proposta porque são realmente os municípios que têm essa caracterís­tica metropolit­ana por serem conurbados”, defende Gilson Campos, presidente da Agência de Assuntos Metropolit­anos do Paraná

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