Inflamação do úbere de vacas causa grande prejuízo
A mastite bovina ( inflamação da glândula mamária) é a doença mais encontrada em propriedades leiteiras, principalmente em rebanhos especializados. É uma enfermidade relacionada à higiene, ou melhor, à falta dela.
Causa prejuízos, devido ao custo dos medicamentos, como também pela necessidade de descarte do leite durante os períodos de tratamento e de carência. Além da queda na produção, pode causar a destruição da glândula mamária, e morte do animal.
É uma das razões primordiais para o descarte prematuro de fêmeas. Uma vaca acometida torna- se foco de infecção com grande potencial para contaminar outras.
O controle da doença deve começar nos primeiros dias de vida. As bezerras precisam de ambiente limpo, livre de dejetos, e descontaminado.
Outra prática é evitar que uma bezerra mame na outra, pois isso faz com que o esfíncter do teto se abra, permitindo a entrada de microorganismos.
O animal se infecta, mas a doença somente se manifesta na idade adulta, após a parição. Não raro, há a destruição da glândula mamária, o que invariavelmente levará ao descarte do animal.
As mastites infecciosas são controladas tomando- se cuidados durante a ordenha. A higiene deve ser impecável.
As mãos do ordenhador, o conjunto de teteiras usadas para a extração mecânica do leite, a limpeza dos tetos antes da ordenha, que também tem a função de estimular a “descida” do leite, devem ser feitos com o uso de desinfetantes para que ocorra de forma asséptica e eficiente.
Um ambiente arejado e com incidência do sol é sempre desejado, pois é o desinfetante mais barato e eficiente à disposição do produtor.
Rigoroso controle de custos, eficiente manejo zootécnico e sanitário e atenção à qualidade do leite são imprescindíveis para quem quiser prosperar na atividade leiteira.
MARCO AURÉLIO BERGAMASCHI