Folha de S.Paulo

Por respeito mútuo, rivais devemmudar

Após boas exibições, Brasil e Argentina adotam a cautela

- MARTÍN FERNANDEZ ENVIADO ESPECIAL A NOVA JERSEY

Os recentes shows proporcion­ados pelas seleções de Brasil e Argentina ficaram no passado. Movidos por respeito ao rival, os técnicos Mano Menezes e Alejandro Sabella devem mudar seus times para o clássico a ser disputado no sábado, em Nova Jersey.

Nas últimas semanas, a seleção brasileira conseguiu vitórias sólidas sobre Dinamarca ( 3 a 1) e EUA ( 4 a 1).

Mas a derrota para México ( 2 a 0) e o tamanho do próximo adversário levaram Mano a tomar um caminho mais cauteloso, menos arriscado.

Nas três partidas, a seleção atuou marcando por pressão, no campo do adversário, o que funcionou nos dois primeiros testes, mas não contra o México, time experiente como é o da Argentina.

A preocupaçã­o defensiva do técnico aumenta, mas as mudanças no time ainda são uma incógnita — Mano fechou o treino ontem, como fez durante a Copa América.

Há ainda o risco de o za- gueiro Thiago Silva não jogar. O capitão e jogador mais experiente da seleção ainda sente dor no joelho direito — ontem, não treinou de novo.

“Contra a Argentina, tem que saber a hora de marcar por pressão e a hora de segurar um pouco mais”, afirmou o goleiro Rafael.

A Argentina também encantou recentemen­te. Emcasa, bateu o Equador por 4 a 0, com gol e assistênci­a de Messi, finalmente festejado por suas atuações com a camisa de sua seleção.

Mas jogar contra o Brasil é outra coisa, como demonstrou Alejandro Sabella antes de embarcar em Buenos Aires para os EUA.

No último treino na Argentina, o técnico sacou o atacante Higuaín, pôs o meia Salvio e recuou Mascherano para jogar como zagueiro.

Os argentinos também fizeram um treino a portas fechadas ontem, no estádio do New York Red Bulls.

Para o Brasil, o jogo é o encerramen­to de uma excursão de quatro partidas, que serve como preparação para os Jogos Olímpicos de Londres.

Para a Argentina, é a oportunida­de de treinar o time para as eliminatór­ias da Copa de 2014. E, claro, uma chance de atrapalhar o caminho olímpico dos brasileiro­s.

“Vamos aproveitar a semana para corrigir o que não deu certo contra o México”, declarou o atacante Hulk.

“É o clássico mais importante do mundo, é um amistoso, mas ninguém quer perder”, completou o jogador.

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