Membros do CNJreclamam da gestão de Lewandowski
Conselheiros querem mais reuniões para reduzir acúmulo de processos
Também há insatisfação com as instalações do órgão e regras mais rígidas adotadas para liberação de viagens
sobre as instalações do CNJ no novo prédio. Alega- se que a mudança foi feita antes da conclusão das obras. No últimodia 30, umcadeirante não conseguiu participar de uma audiência porque o elevador não estava funcionando.
Lewandowski estabeleceu regras mais rígidas para viagens, outro tema de reclamações. Em setembro, foi vetada a viagem de umconselheiro para representar o Brasil num encontro sobre cooperação em Hong Kong, a convite do Itamaraty. O caso gerou constrangimento.
Um ex- presidente do CNJ vê má vontade da atual gestão e prevê que o CNJ vai passar a “pão e água”. Eliana Calmon disse recentemente que o órgão sofreria um declínio.
Segundo umex- conselheiro, Lewandowski reproduz a visão dos tribunais estaduais, que pretendem manter autonomia. Ele lembra que Peluso, também oriundo do Tribunal de Justiça de São Paulo, esvaziou o conselho consultivo formado por Gilmar Mendes, que convidara especialistas para fazer pesquisas e propor medidas de aprimoramento. OUTRO LADO A Secretaria de Comunicação do CNJ informa que Lewandowski identificou a necessidade de adotar meios para estimular a produtividade do plenário. No momento, ele e sua equipe estudam ummodelo de julgamento de processos de menor complexidade, usando meios eletrônicos.
O gabinete da presidência estuda implementar no CNJ mecanismo semelhante às súmulas usadas no STF ( Supremo Tribunal Federal). O objetivo é agilizar o julgamento de temas com entendimento cristalizado.
A presidência do CNJ reitera que considerou elevado o gasto com viagens e diárias em 2013 e nos primeiros seis meses de 2014. A norma prioriza tecnologias de comunicação à distância e a submissão dos pedidos de viagens ao crivo do plenário.
A mudança de prédio foi execução de uma decisão tomada pelo ex- presidente do órgão, com apoio do plenário do Supremo.