Folha de S.Paulo

EUA ampliam alvos de ofensiva na Síria

Montada para destruir o Estado Islâmico, coalizão inclui outros grupos fundamenta­listas islâmicos na ação

- DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Bombardeio­s podem ter matado especialis­ta de milícia que ameaçou países ocidentais com atentados terrorista­s

Em sua maior operação desde o lançamento da ofensiva contra o Estado Islâmico, em agosto, os Estados Unidos ampliaram nesta quinta- feira ( 6) seus ataques a outras milícias radicais islâmicas que atuam na Síria.

Os bombardeio­s da coalizão liderada pelos americanos atingiram alvos de três grupos radicais islâmicos no norte do país, perto da fronteira com a Turquia.

Segundo o Comando Central americano, o principal objetivo era a milícia radical Khorasan. A facção é acusada por Washington de usar os combates na Síria para treinar europeus e americanos para fazer ataques terrorista­s.

O governo americano diz que a série de ataques atingiu veículos e postos de controle do Khorasan em Sarmada, na província de Idlib.

Dentre os extremista­s que teriam sido mortos, estaria David Drugeon, 25, francês convertido ao islã que se tornou especialis­ta em bombas ( ver perfil ao lado).

Washington não confirmou a morte do europeu, embora tenha dito que “a ação teve o efeito desejado”.

O bombardeio contra o Khorasan ocorreu após outra série de ataques atingir a Frente al- Nusra, facção vin- culada à rede terrorista Al Qaeda que combate o ditador Bashar al- Assad.

Segundo o Observatór­io Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, bases da milícia foram destruídas em Haram, a 23 km de Sarmada, e na província de Aleppo.

Os extremista­s confirmara­m o ataque americano e retiraram parte de seus homens das duas regiões. O grupo é considerad­o terrorista pelos EUA e já havia sido atacado uma vez pela coalizão. NOVA MILÍCIA Os outros alvos dos americanos foram os quartéis da milícia Ahrah al-Sham, em Bab al- Hawa, em Aleppo. É a primeira vez que ela é alvo de bombardeio­s da coalizão.

Oataque, porém, deve prejudicar a relação entre os americanos e os rebeldes que tentam derrubar Assad.

A Ahrah al- Sham tem ligações com o Exército Livre Sírio, grupo moderado anti- Assad apoiado pelos EUA.

Enquanto a coalizão liderada pelos americanos realizou ataques em Idlib e Aleppo, combatente­s curdos enfrentam o Estado Islâmico em Kobani, cidade síria sitiada pela milícia desde setembro.

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Milicianos do Estado Islâmico lançam foguete contra curdos em Kobani

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