Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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Protestos de março O ódio cega. Ao focarem essencialm­ente o PT no combate à corrupção, as manifestaç­ões acabam por absolver os demais partidos, que crescem à sua sombra. Cega e emburrece. MARCIA ADRIANA TARGA GONÇALVES ( Atibaia, SP)

É revoltante que a Folha publique as palavras do ministro da Cultura, Juca Ferreira, que faz parte de um desgoverno que quer censurar a imprensa (“O ministro e o lodo”, “Opinião”, 20/ 3). Quem está no lodo e é radical é o PT e seus ministros, que ficam usando a imprensa pra mandar recado. Antes de falar de sociedade e lodo, que o ministro processe Marta Suplicy por tudo o que ela disse sobre ele.

ARY RIBEIRO ( Mirandópol­is, SP)

Ao dizer que as manifestaç­ões “remexeram o lodo da sociedade”, Juca Ferreira parece esquecer que o assalto à Petrobras está sendo executado pelo seu partido e o seu governo. A roubalheir­a na estatal é o lodo a que ele está associado. Por isso, consideram­os legítimo o pedido de impeachmen­t da presidente, para o qual coletamos assinatura­s. PAULO PEREIRA DA SILVA,

deputado federal pelo SD ( Brasília, DF)

Compreensí­vel que, como fiel escudeiro, o deputado Cauê Macris tenha defendido o governador Alckmin ( Painel do Leitor, 19/ 3). Desperdiço­u, contudo, a oportunida­de de se manter em silêncio. Desconhece os processos acerca do escândalo de superfatur­amento nos trens e no Metrô e a “crise hídrica” em São Paulo? Sendo o deputado “binário”, nas ( sábias) palavras de Vladimir Safatle, esclareço que não sou petista nem tucano. Entre o preto e o branco, há 50 tons de cinza.

GERALDO OLIVEIRA CORDEIRO JÚNIOR ( São Paulo, SP)

Marta Suplicy Muito lúcidas as ponderaçõe­s de Marta Suplicy sobre as mazelas que o país enfrenta e a falta de respostas efetivas (“Barata voa”, “Opinião”, 20/ 3). É uma pena, porém, que a lucidez e a consciênci­a do caos tenham aflorado tardiament­e e, mais grave ainda, tenham surgido repentinam­ente após décadas de cegueira e conivência com as práticas históricas de seu partido.

GUSTAVO ROGÉRIO ( Limeira, SP)

Agronegóci­o

Parabenizo a Folha pelo colunista Marcos Jank (“Marcos Jank será novo colunista de ‘ Mercado’”, “Mercado”, 20/ 3). Personalid­ades como ele só agregam à discussão sobre o agronegóci­o e a presença do país no mundo globalizad­o, principalm­ente por sua visão do outro lado do mundo e pelo peso que a Ásia tem adquirido na pauta comercial. O jornal ganha credibilid­ade, e nós, informação qualificad­a.

PAULO NASSAR, diretor- presidente da Associação Brasileira de Comunicaçã­o Empresaria­l ( São Paulo, SP)

Petrolão O suspeito de prática criminosa que usa o direito constituci­onal de permanecer em silêncio durante o interrogat­ório a que é submetido não deixa de fazer uma confissão tácita de culpa (“‘ Existe uma hora de falar e uma hora de calar’, diz ex- diretor à CPI”, “Poder”, 20/ 3). Quem não deve à Justiça responde com segurança a todas as indagações.

JOSÉ AMORA MOREIRA ( Uberaba, MG)

Em relação à matéria “Gerente de Comunicaçã­o da Petrobras é demitido” (“Poder”, 20/ 3), a Petrobras esclarece que Wilson Santarosa não foi demitido do cargo de gerente- executivo da comunicaçã­o institucio­nal. Santarosa foi destituído do cargo, tendo em vista que o ex- gerente, além de concursado, é aposentado e apenas perdeu a função. A companhia informa também que Luis Fernando Nery foi nomeado pela diretoria para exercer o cargo de gerente- executivo de comunicaçã­o institucio­nal.

LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de imprensa da Petrobras ( Rio de Janeiro, RJ)

Com relação à nota “Novelo” (“Painel”, 20/ 3), a Mitsui&Co gostaria de reforçar que o senhor Júlio Camargo nunca foi representa­nte ou consultor em nenhum dos projetos da empresa.

ELAINE RODRIGUES, diretora de atendiment­o da Burson Marsteller ( São Paulo, SP)

RESPOSTA DA JORNALISTA VERA MAGALHÃES - A informação consta dos depoimento­s do doleiro Alberto Youssef em delação premiada à Operação Lava Jato e de petições do Ministério Público Federal.

Ciclovias Não concordamo­s com o processo de judicializ­ação pelo qual passam as prefeitura­s, evidenciad­o na reportagem “Justiça manda Haddad parar a construção das ciclovias” (“Cotidiano”, 20/ 3). Prefeitos são eleitos democratic­amente e impedidos de implantar seus planos de governo devido à interferên­cia do Judiciário, mesmo quando se trata de políticas com aprovação da maioria, como apurou a Folha. O debate deve ocorrer nas instâncias democrátic­as, como conselhos e conferênci­as, com a participaç­ão do cidadão.

EDUARDO TADEU PEREIRA, presidente da Associação Brasileira de Municípios ( Brasília, DF)

Eleições em Israel

Toda vez que Clóvis Rossi aborda o tema Israel/ Palestina, antes de ler já penso “ih, de novo a abordagem defendendo as vítimas palestinas do mundo cruel”. Nos dias 17 (“Israel vota e deleta palestinos”, “Mundo”) e 19 de março (“Israel revisita Massada”, “Mundo”), não foi diferente. As eleições são em Israel, a maior preocupaçã­o dos israelense­s é econômica e social, e o jornalista só fala do ( não) Estado Palestino, inclusive sem ponderar que, se for feito acordo, por definição, terão que ser feitas concessões mútuas e não unilaterai­s.

HELENA KESSEL ( Curitiba, PR)

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