Saída de presidente é novo capítulo da crise da Lusa
PORTUGUESA Alvo de processo de impeachment, Ilídio Lico renuncia
DE SÃO PAULO
Em mais um capítulo da crise da Portuguesa, iniciada em 2013, José Ilídio da Fonseca Lico apresentou carta de renúncia nesta sexta- feira ( 20) e deixou o cargo de presidente do clube.
O conselho deliberativo da agremiação havia aberto processo de impeachment de Lico. Diante da pressão, ele preferiu entregar o cargo.
O dirigente era questionado pelo atraso no pagamento de salários a funcionários, pela não divulgação do balanço financeiro de 2014, entre outras razões.
O vice de finanças, Jorge Manuel Marques Gonçalves, assumirá o comando do clube até o final de 2015.
O conselho deliberativo deve convocar novas eleições dentro de 30 dias.
“Como presidente da Portuguesa, ao invés de união, encontrei resistência e oposições”, escreveu ele em sua carta de renúncia.
Segundo Ilídio Lico, que é dono de uma construtora, seus opositores “voltaram to- das as suas forças para combater minha gestão, inviabilizando projetos de minha diretoria, acabando com minhas forças, comprometendo minha saúde”.
Lico teve um mandato atribulado, que começou em meio ao caso Héverton, que levou o clube ao rebaixamento do Brasileiro.
A Portuguesa caiu para a Série B após ser punida com a perda de quatro pontos pela escalação irregular do meia Héverton, que estava suspenso. Na última rodada do campeonato de 2013, ele entrou em campo, contra o Grêmio.
A punição favoreceu o Fluminense, que, após ter ficado em 17 º lugar, havia sido inicialmente rebaixado.
O abandono de campo do time na primeira rodada da Série B do ano seguinte também ajudou a desestabilizar o mandato de Lico.
Em outubro de 2014, o clube foi rebaixado à Série C do Brasileiro.
No Paulista deste ano, o clube tem apenas dez pontos e ocupa a terceira colocação do grupo C.