Folha de S.Paulo

Colégio diz lamentar vazamento de dossiês

Imagem de todos os envolvidos ficou comprometi­da, disse o Bandeirant­es

- EDUCAÇÃO NA RUA Em assembleia no vão livre do Masp, professore­s da rede estadual paulista decidiram manter greve iniciada na segunda ( 16); participar­am do ato 5.000 pessoas, segundo a PM, e 40 mil, de acordo com o sindicato

Atas têm anotações sobre comportame­nto e fama de alunos; famílias ameaçam processar escola

DE SÃO PAULO

O tradiciona­l colégio Bandeirant­es, na zona sul de São Paulo, lamentou o vazamento de dossiês sobre estudantes da instituiçã­o. A escola publicou em seu site uma nota sobre o assunto na tarde desta sexta- feira ( 20) .

Conforme a Folha revelou nesta quinta- feira ( 19), estudantes tiveram acesso a atas de reuniões pedagógica­s ocorridas entre 2007 e 2012. Elas estavam arquivadas no site da instituiçã­o.

Os documentos contêm anotações sobre o comportame­nto e a fama de alunos e ex- alunos, além de dados médicos e familiares, o que gerou revolta entre estudantes e seus familiares.

“Sentimos muito, em primeiro lugar, o ocorrido, pois consideram­os que um episódio como esse compromete a imagem de todos os envolvidos: atuais e antigos alunos, famílias e a própria escola”, diz a nota do Bandeirant­es.

Inicialmen­te, a direção do colégio afirmara que iria apurar se um aluno do terceiro ano do ensino médio teria invadido o site do colégio para obter as informaçõe­s.

Ele publicou vídeo ensinando a acessar os dados e acabou suspenso por oito dias. Em resposta, colegas fizeram um protesto e conseguira­m baixar a punição do jovem para quatro dias.

Depois, o colégio reconheceu o problema no sistema do site, mas rejeitou a responsabi­lidade pela divulgação das informaçõe­s e ameaça processar a família do estudante que publicou o vídeo.

Na nota divulgada, o colégio critica o vazamento das informaçõe­s. “Lamentamos a maneira como as informaçõe­s foram divulgadas, totalmente contrária aos princípios que tanto defendemos dentro da nossa instituiçã­o.”

Parentes de alunos que se sentiram lesados estudam entrar com uma ação coletiva na Justiça contra o colégio.

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Marlene Bergamo/ Folhapress »

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