PT é fratricida e se equivoca na economia, afirma PMDB
Em documento, sigla aliada culpa governo Dilma por “todos os problemas atuais”
O programa de governo que o PMDB apresentará em encontro nacional da sigla, no dia 17 de novembro, culpa a “equivocada” política econômica da presidente Dilma por “todos os problemas atuais”, informa Paulo Gama, do Painel. O documento também faz o mais duro ataque recente ao PT.
O texto ao qual a Folha teve acesso é uma versão preliminar e ampliada, portanto sujeita a alterações, da peça que começa a ser discutida entre dirigentes da sigla nesta quinta-feira (29).
Critica ainda a estratégia da oposição, que optou pelo “enfrentamento político” em vez de sugerir propostas.
“É preciso que o PMDB passe a trilhar caminhos próprios, apartando-se, com elegância, do PT”, diz, classificando petistas de fratricidas.
Integrante do governo desde o primeiro mandato de Lula, o PMDB reconhece no documento não ter “bandeira, discurso e identidade exclusivamente próprios”.
Por isso, diz, tira “pouco proveito” de ter o maior número de vereadores, deputados estaduais, prefeitos, governadores e senadores.
O texto passou pelas mãos dos principais líderes peemedebistas e contou com a participação de economistas ligados ao partido, como Delfim Netto.
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O PT trava luta política fratricida, sempre buscando diminuir o papel e a importância do PMDB
Palavreado O partido também faz uma autocrítica. Reconhece que seus quadros “estão perdidos” e que, como a maioria dos políticos, estão “enxugando gelo e vendo a vaca ir para o brejo”.
RSVP Já no convite do evento, o PMDB trata 2015 como “tempo para fazer mudança” e diz que o partido precisa de protagonismo nesta fase de “transição entre o fim de um ciclo político e econômico para uma nova etapa da vida nacional”.
Ah, é? Aliados relatam irritação de Michel Temer com as declarações do prefeito Fernando Haddad de que o vice-presidente não está cumprindo um acordo que fez com o PT para a eleição em São Paulo.
Tenho dito “Quem não cumpre acordo é ele, que traiu o povo e vai acabar o mandato sem fazer nada do que prometeu na campanha”, disparou o deputado Baleia Rossi, presidente estadual do PMDB paulista.
Distância Convidados do aniversário de Lula notaram a ausência de dona Marisa na mesa em que estavam sentados o ex-presidente e Dilma.
Como está fica Depois de consultar a equipe técnica da Câmara, a cúpula da CPI do BNDES diz estar convencida de que pode manter a sessão que quebrou os sigilos da Pepper e da OPR, investigadas na Operação Acrônimo.
Última instância OPT alega que o regimento foi descumprido e pretende recorrer ao STF caso a sessão seja validada. Eduardo Cunha deu sinais a aliados de que está disposto a não anular a sessão.
Apelo José Luís de Oliveira Lima, advogado de José Dirceu no mensalão, apresentou, nesta quarta, recurso à OAB paulista para tentar reverter a decisão que cancelou o registro de advogado do ex-ministro petista.
Você não OpedidodoPT para que o TSE investigue as contas do PSDB em 2014 tem um objetivo direto: fazer com que Aécio Neves fique inelegível para as próximas eleições, caso a Justiça Eleitoral decida pela cassação de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Menos, menos Foi mal vista no Planalto a fala de Sibá Machado, líder do PT na Câmara, que disse que ia “juntar gente” para “botar pra correr” os manifestantes “vagabundos” que estão acampados na frente do Congresso pedindo o impeachment da presidente.
Vamos nessa Nesta segunda, em reunião da Frente Brasil Popular, que reúne MST, CUT e UNE, dirigentes petistas estimularam o ato contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que acontecerá no dia 13, em Brasília. A expectativa é reunir 12 mil pessoas e cercar o Congresso.
No radar Com a criação do Fundo de Pobreza do governo Alckmin, há quem diga no PSDB que o secretário Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social) volta para a lista de possíveis pré-candidatos do partido a prefeito de São Paulo.
Passando... O diretório municipal do PSDB de São Paulo fez jantar de arrecadação de fundos na noite desta segunda-feira. O governador Geraldo Alckmin foi um dos 150 convidados que pagaram R$ 1 mil no convite.
... o chapéu O objetivo da direção tucana é quitar uma dívida de cerca de R$ 150 mil.
Visita à Folha Wagner Furtado Veloso, presidenteexecutivo da Fundação Dom Cabral, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Antônio Batista da Silva Junior, diretor-executivo de mercado, e Ricardo Siqueira Campos, diretor-executivo adjunto de relações institucionais.
Política econômica lançada por Dilma no primeiro mandato é a raiz da crise atual, na avaliação do partido
O programa de governo que o PMDB apresentará no encontro da fundação do partido faz seu mais duro ataque recente ao PT, culpa a “equivocada” política econômica de Dilma Rousseff por “todos problemas e dificuldades atuais” e sustenta que, ao contrário do que prega o Planalto, a crise “tem, sim, raízes ou causas internas”.
O documento ao qual a Folha teve acesso é uma versão preliminar, portanto sujeita a alterações, que começou a ser discutida pela sigla em agosto —quando a relação entre o PMDB e o Planalto era mais tensa do que agora.
Uma outra versão da peça, esta mais enxuta, com cerca de 15 páginas, será distribuída a dirigentes do partido a partir desta quinta-feira (29).
A versão definitiva será entregue no congresso da Fundação Ulysses Guimarães, centro de estudos ligado ao PMDB, em 17 de novembro.
O programa passou pelas mãos dos principais caciques peemedebistas. O texto final tem também a participação de economistas ligados ao partido, como Delfim Netto —um dos principais conselheiros do vice-presidente Michel Temer na área.
Para o PMDB, o governo Dilma —do qual também faz parte— partiu de um “diagnóstico errado” na economia. “Não se compreendeu que a responsabilidade fiscal, embora condição necessária à estabilidade da economia, não se afigura motor do desenvolvimento econômico.”
Além de atacar o “equivocado diagnóstico” de que a deterioração da economia se deve ao quadro internacional, o partido diz que o ajuste fiscal, “por si só”, não criará as condições necessárias para que o país “deslanche para uma nova fase de crescimento e desenvolvimento duradouro e sustentado”.
“Nesse contexto, portanto, é que se percebe quão equivocada foi a política econômica governamental.”
Aliado do PT desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, o PMDB diz que o partido trava uma “luta política fratricida” e busca sempre a diminuição de seu papel e de sua importância. Por isso, segue, precisa “trilhar caminhos próprios, apartando-se, com elegância, do PT”.
“O partido não pode se atrelar a insucessos do governo, ocasionados por decisões que, além de não terem sido suas, foram equivocadas.”
Em um momento de autocrítica, a sigla diz que não tem “bandeira, discurso e identidade exclusivamente próprios” e, por isso, tira “pouco proveito” de ter o maior número de políticos eleitos.
Com os seus principais quadros investigados na Lava Jato, o partido não faz menção à operação. Defende apenas uma revisão da legislação sobre corrupção. OPOSIÇÃO O documento inclui críticas também para os partidos que fazem oposição ao governo. O PMDB afirma que eles cometeram um “erro de estratégia”, porque, “em lugar de ‘vender’ a si própria, suas ideias, suas bandeiras, seu programa, optou por fazer o enfrentamento político no campo do adversário”.
Segundo o manifesto, o senador Aécio Neves (PSDBMG), candidato derrotado por Dilma no ano passado, recorreu a “acusações de baixo calão” e fez “uma campanha pouco propositiva”. Para o partido, “em lugar de centrála no eleitor e em seus anseios, deixou-a muito focada no discurso da situação”.
Na avaliação do documento, o resultado foi a apatia do eleitorado: “Foram esses, exatamente, os 35 milhões de eleitores que se abstiveram e que fizeram toda a diferença no resultado das eleições.
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A denominada Nova Matriz Econômica, adotada pelo governo já há alguns anos, parece estar na raiz de todos esses problemas e dificuldades. [...] Passou a basear-se [...] no aumento das despesas públicas de uma forma geral