Com fraude, Volks tem 1º prejuízo trimestral em pelo menos 15 anos
Montadora reservou € 6,7 bi para cobrir gastos com o escândalo
Sob efeito do escândalo de fraude em testes de emissão de poluentes, a Volkswagen teve no período de julho a setembro deste ano o primeiro prejuízo trimestral em pelo menos 15 anos.
O grupo alemão teve prejuízo operacional de terceiro trimestre de € 3,48 bilhões, após reservar € 6,7 bilhões no trimestre para cobrir custos relacionados à fraude que envolveu 11 milhões de carros da marca no mundo —inclusive no Brasil, onde ela convocou 17 mil unidades da picape Amarok.
Como resultado, a companhia espera que o lucro operacional do ano fique “significativamente abaixo” do recorde atingido no ano passado, de € 12,7 bilhões.
As vendas do grupo, que também incluem a marca Porsche, caíram 3,4% no terceiro trimestre, para 2,39 milhões de unidades.
Com isso, a montadora alemã ficou atrás da japonesa Toyota na liderança das vendas mundiais nos acumulado dos nove primeiros meses, após ter assumido a primeira posição três meses antes. FRAUDE A Volkswagen admitiu ter instalado em 11 milhões de veículos a diesel pelo mundo um sistema que fraudava testes de detecção de poluentes em várias marcas.
Segundo investigação de agência ambiental do governo dos EUA, a empresa instalou um software programado para detectar quando o veículo está passando por um teste oficial de emissões e para ativar o sistema pleno de controle de emissões somente durante a análise.
Os controles são desativados em situações de uso normal dos veículos, nas quais eles poluem muito mais do que o fabricante reporta.
O caso está sendo investigado em diversos países, como Coreia do Sul, França e Reino Unido. No mês passado, o Ibama informou que abriu uma investigação para saber se a fraude também ocorreu no Brasil. O presidente da Telefônica Brasil, dona da marca Vivo no Brasil, Amos Genish, disse que não manifestará oposição a uma eventual fusão entre concorrentes no Brasil e que um mercado com apenas três operadoras seria bem-vindo. “Mudar o mercado de quatro operadoras para três é bemvindo”, disse Genish. “Ter três operadoras fortes é mais saudável para o mercado no aspecto competitivo. Não tenho nada contra esse tipo de fusão”, afirmou, ao ser questionado sobre uma eventual união entre TIM Participações e Oi. Nesta semana, anunciou ter recebido proposta de injeção de recursos do fundo russo LetterOne caso promova fusão com a TIM
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