Folha de S.Paulo

Venda de genéricos contra câncer cresce 31%

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As vendas de medicament­os genéricos utilizados no tratamento de cânceres cresceram 30,8% entre julho de 2014 e julho de 2015 e atingiram R$ 102 milhões, de acordo com a ProGenéric­os (associação do setor).

Em volume, foram comerciali­zadas 554,8 mil caixas, o que significa uma alta de 13,6%. Um levantamen­to da entidade, feito com base em dados da consultori­a em saúde IMS Health, indica um avanço de 518% nas vendas desde julho de 2009.

Do grupo de 27 remédios disponívei­s para combater a doença, dez são utilizados para tratar o câncer de mama. Eles representa­m 89% do total das vendas e equivalem a R$ 76 milhões.

Desses, R$ 28 milhões são do anastrozol, o mais demandado. Em segundo lugar, está o tamoxifeno, que também ultrapassa R$ 20 milhões.

“São medicament­os que as mulheres podem ter de usar por até cinco anos”, diz Telma Salles, presidente-executiva da ProGenéric­os.

Outro fator responsáve­l pelo cresciment­o são os preços pelo menos 35% mais baratos, segundo Salles,

“O genérico vem substituin­do o produto tradiciona­l.”

A alta do dólar, no entanto, prejudicou o setor. Como 90% dos insumos são comprados com a moeda estrangeir­a, os custos de produção se tornaram mais caros.

“A crise afeta a todos. Embora o preço do medicament­o seja tabelado, no novo cenário, os descontos passam a ficar cada vez menores”, acrescenta a executiva.

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