Folha de S.Paulo

Planos terão que cobrir teste rápido para dengue

Procedimen­to é um dos 21 incluídos em lista de cobertura obrigatóri­a

- LUIZA FRANCO

Cardiodesf­ibrilador também terá que ser oferecido; ANS não descarta aumento no valor de mensalidad­es

As operadoras de planos de saúde serão obrigadas a partir de janeiro de 2016 a cobrir o teste rápido para dengue, que detecta o vírus em até 24 horas. O exame oferecido pelas empresas atualmente leva sete dias.

Segundo o Ministério da Saúde, o país já teve 693 mortes causadas pela doença nos primeiros oito meses do ano. Os dados colocam 2015 como o ano com maior número de óbitos provocados pela dengue desde 1990.

Amedidaéum­ade21inclu­ídas na lista de procedimen­tos que as operadoras são obrigadas a cobrir por determinaç­ão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementa­r). A relação é revisada a cada dois anos.

Os planos também terão que bancar o antígeno NS1, que permite a detecção da dengue hemorrágic­a nos primeiros cinco dias da doença.

O exame para diagnóstic­o da febre chikunguny­a, também transmitid­a pelo mosquito Aedes aegypti, foi outro incluído na lista.

O número de casos dessa doença saltou de 3.657 para 12.170 de 2014 para 2015.

Outras novidades no rol são o implante cardiodesf­ibrilador, que ajuda a evitar morte súbita em doentes cardíacos, e a enzalutami­da, medicament­o oral para tratamento do câncer de próstata.

A ANS também ampliou o uso de procedimen­tos já cobertos pelas operadoras. Grávidas e mulheres em amamentaçã­o terão direito a fazer 12 consultas em nutrição, ao invés das seis atuais.

Um procedimen­to foi excluído: uma cirurgia para corrigir o excesso de pele nas pálpebras. Ela é considerad­a obsoleta pela Sociedade Brasileira de Oftalmolog­ia, segundo a agência. MENSALIDAD­ES A ANS não descarta a possibilid­ade de haver aumento de mensalidad­e dos planos em razão dessas inclusões.

Se houver, ele acontecerá em maio de 2017, mês em que o valor é revisto a cada ano.

“O impacto [da inclusão de exames e cirurgias] varia — podeser0,5%,1%,depende da utilização dos procedimen­tos e medicament­os”, disse José Carlos Abrahão, diretor-presidente da agência.

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Marizilda Cruppe/Greenpeace/AFP » TERRA ARRASADA Fogo atinge a terra indígena Arariboia (MA), onde vivem cerca de 80 awa-guaja; no Amazonas, no Acre e no Espírito Santo, número de queimadas já é o maior desde 1998, quando focos começaram a ser computados

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