BALANÇO FECHADO
O aumento do desemprego e a retração da atividade econômica contribuíram para uma queda real de 5,6% na arrecadação federal em 2015.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (21) pela Receita Federal, os tributos federais recolhidos no ano passado somaram R$ 1,27 trilhão, menor valor desde 2010, considerando valores atualizados pela inflação.
Levantamento apresentado também ontem pelo Ministério da Fazenda mostra que o mercado financeiro projeta novo tombo da arrecadação, de 5%, em 2016.
A tendência de queda da arrecadação dificulta o plano do governo de equilibrar as contas públicas e melhorar o caixa do Tesouro neste ano. Para cumprir a meta de economia, o governo projetou no Orçamento deste ano alta na arrecadação de 7,9% acima da inflação.
O fisco já admite, no entanto, que deve rever para baixo a expectativa com receitas previdenciárias, por causa da provável piora no emprego e na renda do trabalhador.
Na pesquisa mensal Prisma publicada ontem pela Fazenda, economistas consultados previram deficit fiscal de R$ 68,2 bilhões. Há um mês, a estimativa era rombo de R$ 53 bilhões.
Os analistas projetam aumento real da arrecadação somente em 2017, mas insuficiente para compensar a elevação de gastos, que levaria a um deficit de R$ 31 bilhões.
Esses resultados deixam mais distante a promessa do governo de reduzir seu endividamento, que chegaria a quase 80% do PIB no próximo ano.
Os dados de 2015 mostraram que as medidas de aumento de tributos para tentar
OQUEFOI
Desemprego e recessão derrubaram arrecadação de tributos federais
OQUEÉ
Arrecadação teve queda de 5,6%, em valores atualizados, e somou R$ 1,27 trilhão, menor valor desde 2010
O QUE SERÁ >
Economistas preveem nova queda de receita em 2016
Com menos recursos e mais gastos, meta de economia de recursos está em risco
Ajuste nas contas públicas é visto como fundamental para país voltar a crescer
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