Nova Gabriela é do Pará e médica formada
João Falcão escolheu Daniela Blois, 26, para atuar em musical baseado em Jorge Amado
A nova Gabriela é paraense, acabou de se formar em medicina na Universidade Federal do Amazonas e já ganhou concurso de videokê com “Como Eu Quero” (Kid Abelha).
Daniela Blois, 26, foi escolhida entre as 700 garotas que responderam ao chamado do diretor pernambucano João Falcão para protagonizar um musical baseado no livro de Jorge Amado, com estreia em maio, no Teatro Bradesco (São Paulo). Procurava-se: alguém com “mais de 18 anos, brasileira, linda e que saiba cantar”.
João não tinha sua Gabriela em mente. Queria ser encontrado por ela. No último dos três dias de testes feitos com 50 candidatas, Daniela apareceu. Cantou São Salvador (Dorival Caymmi) e apresentou uma cena em que a personagem cor de canela conclui: “É ruim ser casada” —como sra. Saad, tinha “sapato apertado, mais de três pares”, mas não podia “rir quando tinha vontade”.
Em fevereiro, começa os ensaios na capital paulista. Daniela nunca foi do teatro — protagonizou o curta de uma amiga e só. Se vai ser médica ou não, ainda “está no ar”.
Seu negócio é cantar, diz à Folha por telefone. Toca músicas (gosta de Clara Nunes na noite de Manaus, onde vive, faz parte de um grupo de maracatu, às vezes dá uma palhinha na banda local Casa de Caba). Em vídeo no YouTube, ao lado de dois latões de cerveja, pega o violão e mostra a canção “Sinceramente”, escrita para o pai.
Filha de biólogo e assistente social, cresceu em Porto Trombetas, distrito “no meio da floresta” de Oriximiná (PA).
Ela, que já pôs na foto de capa do Facebook uma Santa Ceia com Marilyn Monroe no centro, diz não estar nervosa por estrear de cara num projeto milionário. Está é “doida para contar” a novidade para os amigos. “Ninguém sabe de nada.” Agora já pode.