Folha de S.Paulo

Em ‘O Gângster’, Ridley Scott põe em relevo ótimos atores

- INÁCIO ARAUJO

Não há cineasta que compreende­u melhor a transforma­ção da indústria do cinema do que Ridley Scott.

Ele pôde parecer promissor nos anos 1980 (“Alien”, “Blade Runner”) ou afetado (“Os Duelistas”, “A Lenda”). Aos poucos essa primeira impressão se transformo­u: Scott faz o que aparece pela frente, e pouco importa que um filme não tenha relação alguma com o seguinte.

Ele filma em 2010 tanto- quanto Raoul Walsh ou Douglas Sirkem 1950. Coma diferença que el estinham um estilo —e marcante. Ridley pode ser horrível (“Êxodo”) ou só pouco memorável (“Perdido em Marte”).

Mas costuma ser eficaz quando descreve duelos como em “O Gângster” (2007, Studio Universal, 22h25, 16 anos ), entre Denzel Washi ng-tone o tira Russell Crowe, ambos oscarizado­s. O duelo bem construído aborda uma particular­idade (o gangsteris­mo negro) e sabe colocar em relevo seus ótimos atores.

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