Brasil em crise
Há uma estranheza na postura do juiz Sergio Moro em relação às irregularidades na doação (“Propina para campanha foi provada, diz juiz”, “Poder”, 16/2). Há um visível entusiasmo para que se alie a doação a somente uma das chapas concorrentes, mas isso só seria sensato se já se soubesse qual seria a chapa eleita. Todos sabemos qual foi a margem da vitória dos eleitos, portanto não se explica que um esquema de propina tão exato e complexo quisesse beneficiar só um lado.
ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP)
Acredito estar passando batido para a sociedade um relevante efeito da Lava Jato. Refiro-me ao fator financeiro, pois a operação vem metralhando grandes nomes e escritórios famosos de advocacia. Antes dela, eles estavam habituados a livrar das malhas da lei qualquer empresário poderoso metido em trambiques com o dinheiro público e a cobrar milhões de dólares para livrá-los rapidamente da prisão. Agora, isso acabou. Graças ao juiz Sergio Moro e à Operação Lava Jato democratizou-se a Justiça, didática e exemplarmente.
SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP)
Com um texto bem inteligente, o jornalista Mario Sergio Conti, em “O 59º urso” (“Poder”, 16/2), conseguiu nos mostrar aquilo que realmente pensamos sobre o ex-presidente Lula e sua esposa.
CLÁUDIO FERRO (São Paulo, SP)
Empresas investigadas no cartel do Metrô bancaram a última campanha de Geraldo Alckmin. As empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato doaram para todos os partidos, tendo destinado quantias maiores para PT e PSDB. Há justificativa plausível para que só as doações ao PT sejam investigadas?
FRANCISCO NASCIMENTO XAVIER (São Paulo, SP)
O ex-presidente Lula deveria dizer que alugou o sítio de Atibaia (“PT evita falar de defesa de Lula em reunião de conselho”, “Poder”, 16/2). Acabaria a discussão e continuaria tudo como se nada tivesse acontecido para o homem mais honesto do Brasil.
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)