Comicidade dos Mamonas volta a emocionar, e até mais
Envolvente, até fascinante, como a curta existência do grupo, o musical “jukebox” dos Mamonas Assassinas procura ser escrachado como seus protagonistas —os cinco músicos liderados pelo vocalista Dinho.
Tem a mão experiente do diretor José Possi Neto por toda parte, ele que já passou das cem encenações, agora criando o que chama, a certa altura, de primeiro musical biográfico besteirol.
De resto, no roteiro, “O Musical Mamonas” acompanha quase passo a passo o andamento do tocante documentário “Mamonas Pra Sempre”, de 2011, e que pode ser visto no Netflix e até no YouTube.
Apresenta cinco jovens que, em poucos meses, saem do Parque Cecap —de Caixa Es- tadual de Casas para o Povo— em Guarulhos para os programas de maior audiência e faturamento na televisão.
Tem cenas bem desenvolvidas, tanto nos diálogos como musical e coreograficamente, avançando pontualmente em algumas delas, a partir de elementos tirados dos vídeos de shows.
Conseguiu reunir atores que, ainda jovens e muitos deles desconhecidos, refletem seus próprios personagens pelos talentos explosivos de voz e humor.
O “tour de force” é de Ruy Brissac, cuja semelhança com o vocalista Dinho é física, inclusive nas expressões faciais, mas impressiona sobretudo pelo vigor juvenil e pela comicidade natural e incessante.
São as qualidades que tanto emocionam no documentário e que voltam a emocionar, até mais, no musical em QUANDO qui., sex. e sáb., às 21h, dom., às 18h; de 11/3 a 29/5 ONDE Teatro Raul Cortez, r. Dr. Plínio Barreto, 285, tel. (11) 3254-1631 QUANTO R$ 120 CLASSIFICAÇÃO 12 anos AVALIAÇÃO muito bom