Folha de S.Paulo

É cíclico o interesse dos colegas em atuar nesses gru-

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Ao longo da sua trajetória como procurador-geral, o sr. recebeu alguma tentativa de pressão vinda do governo? E pensando no futuro?

Não recebi nenhum convite, nem seria razoável. Se vier a ocorrer [o convite], do jeito que tenho tido dificuldad­es, é capaz de sobrar a Secretaria de Recursos Hídricos [risos].

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), ex-prefeito de São Paulo e ex-governador, afirmou que trabalhar na Câmara é “tranquilo”. “Trabalho terça, quarta e quinta metade do tempo. Faço de conta que estou trabalhand­o.”

Em entrevista à BBC Brasil, o parlamenta­r disse que pode concorrer novamente ao posto em 2018, mas descarta ocupar cargos no Executivo.

“Se estiver com boa saúde, não preciso fazer campanha para deputado. É só que dizer que sou candidato que estou eleito. Executivo não tem mais”, afirmou Maluf, que está com 84 anos.

Integrante da comissão especial que analisa o pedido de impeachmen­t da presidente Dilma, disse não ver problemas na participaç­ão de deputados investigad­os por suspeita de corrupção no grupo.

“O que acho verdadeira­mente é que o fato de ser alvo de uma ação é democrátic­o”, declarou. “Saí da prefeitura com 150 [processos]. Das 150 ações, ganhei 147. O Maluf foi processado porque tem democracia. Na Rússia você não é processado.”

Atualmente, Maluf recorre de condenação na França por lavagem de dinheiro.

Favorável à saída de Dilma, como apontou levantamen­to da Folha, ele afirmou na entrevista que considera a presidente “uma mulher correta e honesta”. Disse condenar, porém, a tentativa do governo de oferecer cargos para “comprar” o apoio de parlamenta­res contra o processo.

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