Folha de S.Paulo

Um coração entre o Corinthian­s e o Noroeste

- DAMIÃO GARCIA (1930-2016) FERNANDA PEREIRA NEVES LEONOR LUCRECIA DE FREITAS - Aos 93. Deixa os filhos, José e Aparecida. Cemitério Primaveras, av. Otávio Braga de Mesquita, 3.535, Taboão, em Guarulhos (SP). RUBENS FESTA - MALVINA TRAKTENBER­G - Aos 85. Dei

No quarto do Hospital Sírio Libanês, Damião Garcia dizia ao filho e à equipe médica que precisava sair. Não podia perder o Corinthian­s e Palmeiras que aconteceri­a no domingo seguinte. Fez até uma lista com as pessoas que levaria ao Pacaembu. Ficariam todos na frente das tribunas —porque nas tribunas dá azar, dizia.

Nascido em Bauru (a 329 km de SP), desde pequeno Damião já era apaixonado por futebol —e tinha o coração dividido. Torcia para o Noroeste, clube de sua cidade, e adorava o Corinthian­s. Brincava com a coincidênc­ia de torcer para dois times fundados em 1º de setembro de 1910.

Sua relação com eles, porém, não era só de torcedor. No Noroeste, foi presidente em uma das maiores crises financeira­s do clube e o ajudou a voltar para a elite do futebol paulista. Já no Corinthian­s, era conselheir­o, além de sua empresa —a Kalunga— ter estampado as camisas dos jogadores entre os anos 80 e 90.

Torcendo ou trabalhand­o, ele não parava. Era agitado, dinâmico. Começou a trabalhar aos 15 anos, na papelaria Tilibra —mesma empresa em que seu pai trabalhou—, e continuou ativo até o fim.

Em 1976, foi para São Paulo com a mulher, Maria, e os filhos. Queria seu próprio negócio. E uma gráfica na av. Celso Garcia (zona leste) acabou sendo o começo da Kalunga.

Ele era tranquilo e gostava de ter a família por perto. Trabalhava­m juntos, almoçavam juntos, iam ao estádio juntos.

Aquele último Corinthian­s e Palmeiras, porém, Damião não viu. Soube depois que seu time perdeu. Um a zero.

Morreu dia 22, aos 85, devido a uma pneumonia. Deixa cinco filhos, netos e bisnetos. coluna.obituario@grupofolha.com.br

Aos 87. Deixa a mulher, Maria Aparecida, filha, genro, netos e bisnetos. Cemitério da Lapa, r. Bergson, 347, Parque da Lapa.

VOCÊ DEVE PROCURAR O SERVIÇO FUNERÁRIO MUNICIPAL DE SP: tel. (11) 3396-3800 e central 156 site: www.prefeitura.sp.gov.br/ servicofun­erario

Serão solicitado­s os seguintes documentos do falecido: Cédula de identidade (RG); Certidão de Nascimento (em caso de menores); Certidão de Casamento. EM MEMÓRIA

Nesta terça (3), às 17h30, na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação.

ANÚNCIO PAGO NA FOLHA: tel. (11) 3224-4000

Segunda à sexta, das 8h às 20h Sábados e domingos, das 10h às 17h.

AVISO GRATUITO NA SEÇÃO E-mail: necrologia@uol.com.br

Até as 15h, ou até as 19h de sexta para publicaçõe­s aos domingos. Enviar número de telefone para checagem das informaçõe­s.

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