Vamos resistir ao golpe
A prioridade da CUT e dos movimentos sociais é defender a decisão das urnas. Onde houver um trabalhador, haverá um defensor de Dilma
Um 1º de Maio histórico, de defesa da democracia, dos direitos sociais e trabalhistas, contra o golpe do impeachment em tramitação no Senado. Esse foi o sentimento que tomou conta de milhares de trabalhadores em todo o país no último domingo, em especial dos que estavam no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para comemorar o Dia do Trabalho.
Convidada pelas organizações sociais, a presidente Dilma Rousseff anunciou no ato em São Paulo algumas medidas de interesse da classe trabalhadora, como a correção da tabela do Imposto de Renda, o aumento no valor do Bolsa Família e a construção de mais unidades do Minha Casa, Minha Vida.
Mais do que as propostas em si, o que empolgou o povo foi a declaração de Dilma de que vai resistir ao golpe. Ela reforçou a importância da aliança que vem sendo construída entre artistas, intelectuais, juristas e movimentos sindicais e populares em defesa da democracia.
Está claro para todos que o golpe desrespeita as regras democráticas constitucionais. Lula só foi eleito presidente em sua quarta tentativa. O PSDB perdeu as quatro últimas eleições e, desde então, vem articulando o golpe, contando com a traição do PMDB e o apoio de todos os que são contrários às políticas públicas dos governos Lula e Dilma.
O projeto político que ganha as eleições desde 2002 foi novamente escolhido pelo povo em 2014, por ser o que mais interessa aos trabalhadores e ao Brasil.
No 1º de Maio, a CUT e os movimentos sociais colocaram milhares de trabalhadores nas ruas para dialogar sobre essas questões com a população e a própria presidente.
Vamos resistir ao golpe. Enganase quem pensa que a crise econômica será resolvida com o acirramento da crise política e o golpe de Estado.
As medidas econômicas do PMDB, de cunho patronal e conservador, pressupõem um caminho trágico para a nação: o fim da política de valorização do salário mínimo, uma reforma da Previdência que im- ponha idade mínima para homens e mulheres, redução ou extinção dos programas sociais, corte de direitos trabalhistas, diminuição dos orçamentos da saúde e da educação, arrocho salarial e desemprego.
Neste momento, a prioridade da CUT e dos movimentos sociais é defender a decisão das urnas. Combater o golpe é também não aceitar a antecipação de eleições apenas para a Presidência da República, nem tampouco a renúncia de Dilma.
Isso seria capitular, legitimar o golpe. A resistência será nas ruas. Vamos continuar denunciando os golpistas em todo o mundo e lutando para que o Senado não aprove o impeachment.
Para a CUT e os movimentos sociais, o golpe violenta a democracia, as conquistas dos trabalhadores e a Constituição. Resistir é o dever de todos. Onde houver um trabalhador, uma dona de casa, um jovem estudante, um beneficiário das políticas públicas, haverá um defensor do mandato da presidente Dilma e do projeto democrático e popular. VAGNER FREITAS
Nossa base curricular é realmente um processo complexo que não pode ser decidido às pressas. É nosso patrimônio educacional que está posto à prova. Não se conhece a história sem saber o passado e o legado das grandes civilizações. É indigna a proposta, em todas as áreas, tal como está. Esperamos que o bom senso predomine.
MARIZA BACCI ZAGO
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João Pereira Coutinho: se permanecer no ninho promove tantos benefícios, como criar novos ninhos para perpetuar esse eterno conforto aos filhos? Como beneficiar com tamanhas vantagens as futuras gerações? Eu acompanho com admiração seus textos, mas dessa vez, infelizmente, a coluna me soou quase infantil (“Acabar em pizza”, “Ilustrada”, 3/5).
JOYS KELLY OLIVEIRA SANTOS