Acho que, feito o afastamento, Dilma não volta
TUCANO VOLTOU A DEFENDER QUE O PSDB NÃO INDIQUE NOMES PARA O MINISTÉRIO DE TEMER E RECEITOU POLÍTICA FISCAL DURA CONTRA A CRISE
DE BRASÍLIA
“Feito o afastamento, [Dilma Rousseff] não volta”. A previsão sobre o futuro da presidente foi feita nesta terça-feira (3), à Folha, pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
O tucano evitou criticá-la pessoalmente, mas atribuiu ao “lulopetismo” a crise econômica e social mais grave dos últimos 80 anos.
UmdosnomesdoPSDBpara concorrer ao Planalto em 2018, Alckmin falou com a reportagem enquanto tomava um café em uma lanchonete de Brasília. Havia acabado de deixar a reunião em que o seu partido fechou o documento que lista uma série de propostas a um eventual governo Michel Temer (PMDB).
Ele voltou a defender que os tucanos não indiquem nomes para um ministério de Temer. E ainda receitou uma política fiscal dura como saída para a crise.
“
Tivemos uma policrise: política, ética, policial e uma grande crise econômica, e, por consequência, social. Fato é que o lulopetismo levou, talvez, à situação economico-social mais grave dos últimos 80 anos
Folha - Como avalia este momento, em que há um governo vigente e outro sendo arquitetado?
Geraldo Alckmin - É difícil. O processo de afastamento ainda não se completou, mas, diferentemente de uma eleição, que quando termina você tem meses para se preparar, agora só se terá confirmação [de nova gestão] no dia do impedimento. Acho que, feito o afastamento, [Dilma] não volta.
Acompanhei como deputado o processo do Collor, e o afastamento é praticamente definitivo.