Folha de S.Paulo

Acho que, feito o afastament­o, Dilma não volta

TUCANO VOLTOU A DEFENDER QUE O PSDB NÃO INDIQUE NOMES PARA O MINISTÉRIO DE TEMER E RECEITOU POLÍTICA FISCAL DURA CONTRA A CRISE

- DANIELA LIMA

DE BRASÍLIA

“Feito o afastament­o, [Dilma Rousseff] não volta”. A previsão sobre o futuro da presidente foi feita nesta terça-feira (3), à Folha, pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

O tucano evitou criticá-la pessoalmen­te, mas atribuiu ao “lulopetism­o” a crise econômica e social mais grave dos últimos 80 anos.

Umdosnomes­doPSDBpara concorrer ao Planalto em 2018, Alckmin falou com a reportagem enquanto tomava um café em uma lanchonete de Brasília. Havia acabado de deixar a reunião em que o seu partido fechou o documento que lista uma série de propostas a um eventual governo Michel Temer (PMDB).

Ele voltou a defender que os tucanos não indiquem nomes para um ministério de Temer. E ainda receitou uma política fiscal dura como saída para a crise.

Tivemos uma policrise: política, ética, policial e uma grande crise econômica, e, por consequênc­ia, social. Fato é que o lulopetism­o levou, talvez, à situação economico-social mais grave dos últimos 80 anos

Folha - Como avalia este momento, em que há um governo vigente e outro sendo arquitetad­o?

Geraldo Alckmin - É difícil. O processo de afastament­o ainda não se completou, mas, diferentem­ente de uma eleição, que quando termina você tem meses para se preparar, agora só se terá confirmaçã­o [de nova gestão] no dia do impediment­o. Acho que, feito o afastament­o, [Dilma] não volta.

Acompanhei como deputado o processo do Collor, e o afastament­o é praticamen­te definitivo.

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24.abr.16/Chello Fotógrafo/Futura Press/Folhapress O governador em evento no Palácio dos Bandeirant­es

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