Folha de S.Paulo

Secretário da Segurança diz ao TJ que ação da Polícia Militar foi legal

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DE SÃO PAULO

Em resposta ao juiz Luiz Manuel Fonseca Pires, da central de mandados do Tribunal de Justiça de SP, o secretário Alexandre de Moraes (Segurança Pública) afirmou que a presença dos estudantes no Centro Paula Souza comprova que não houve irregulari­dade da PM ao entrar no prédio na segunda (2).

Segundo Moraes, a Polícia Militar entrou no prédio ocupado não para retirar os estudantes, e sim para garantir a segurança dos funcionári­os.

Ainda na segunda, o TJ considerou ilegal a ação da Força Tática da PM, já que um mandado de reintegraç­ão de posse ainda não havia sido expedido pela Justiça, o que só pode ocorrer após uma audiência pública, marcada para esta quarta-feira (4).

“Não houve cumpriment­o da reintegraç­ão de posse, [...] em relação aos alunos que se encontrava­m no prédio ao lado. Além disso, [...] os invasores da sede administra­tiva [do Centro Paula Souza] lá permanecem, o que comprova, por si só, a inexistênc­ia de adiantamen­to do cumpriment­o da ordem judicial”, diz Moraes no ofício.

O Centro Paula Souza é responsáve­l pelas escolas técnicas do Estado. O prédio está ocupado desde quinta (28) por estudantes que reivindica­m o fornecimen­to de merenda nas Etecs (escolas técnicas). Segundo o governo, todas as Etecs passaram a contar com alimentaçã­o —antes, 10% delas não tinham.

A ordem para a entrada da PM no prédio partiu do próprio secretário de Segurança, segundo a Folha apurou.

LAURA LAGANÁ

superinten­dente do Centro Paula Souza

Vamos trabalhar para que os alunos do integrado [cursos de tempo integral] tenham refeições

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