Folha de S.Paulo

Foram 200 m históricos, diz Joaquim Cruz

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DO ENVIADO A BRASÍLIA

“Foram os 200 metros mais significat­ivos da minha vida”. Qualquer condutor da tocha poderia ter feito a afirmação, mas ela veio de quem, ao correr 800 m mais rápido do que qualquer outro atleta nos Jogos de Los Angeles-1984, conquistou a medalha de ouro: Joaquim Cruz, que conduziu a chama em Taguatinga, sua terra natal.

Assim como Cruz, outros medalhista­s olímpicos compararam a condução da tocha com suas conquistas máximas.

“É muito emocionant­e, não tem igual. Foram dois momentos marcantes na minha vida: a medalha e levar a chama olímpica. A sensação de estar no ringue representa­ndo o país é a mesma”, disse Adriana Araújo, única brasileira a conquistar uma medalha olímpica no boxe, um bronze em Londres-2012.

“Quando olhei para a ampulheta [lanterna] com a chama, comecei a tremer e achei que não conseguiri­a descer a rampa do Planalto. É uma adrenalina, uma emoção muito grande. O nervosismo até demorou para passar. Agora a ansiedade passa a ser pelo início dos Jogos”, disse a capitã da seleção de vôlei e bicampeã olímpica Fabiana Claudino.

Logo que concluíam sua parte do percurso, os atletas eram rapidament­e retirados do cordão de proteção em torno da chama. e levados a um dos dois micro-ônibus que seguiam o comboio, que ainda tinha carros da PM, dos Bombeiros e de patrocinad­ores.

“Vi muitos familiares, amigos, conhecidos. É muita emoção fazer a troca da chama dentro da Catedral. É uma bênção, uma honra, mais do que especial. É a consagraçã­o de uma vida”, disse Paula Pequeno, bicampeã olímpica no vôlei (2008 e 2012).

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