Folha de S.Paulo

Chanel leva glamour para Cuba em desfile paradoxal

Cidade de Havana foi palco do 1º evento da marca parisiense na América Latina

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de todo o mundo.

“Acredito que essa passarela será mais para Chanel do que para Cuba. Eu não sei se as pessoas aqui estão prontas para esse tipo de produto, para tal proposta”, disse Idania del Rio, estilista de 33 anos com quem Obama conversou durante sua visita. “Mas, como tenho curiosidad­e de todo o tipo como profission­al, quero ver, analisar o que é essa roupa de US$ 40 mil.”

Raúl Castillo, o designer mais popular de Cuba nos últimos 20 anos, está emocionado: “É um sonho ver aqui, na Cuba socialista, o trabalho de um estilista como Lagerfeld”, afirmou.

O desfile da Chanel não deixa de ser paradoxal em um país que, durante décadas, liderou o ideal igualitári­o para se vestir. Com a queda do bloco soviético em 1990, veio a crise e os cubanos tiveram que se vestir com roupas de segunda mão importadas e vendidas em lojas estatais.

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