Folha de S.Paulo

Do Paes e o próprio Aécio Neves”, disse o senador ex-petista, em depoimento.

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A Procurador­ia-Geral da República pediu que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), seja investigad­o no inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sobre a suposta maquiagem de dados do Banco Rural para esconder o mensalão mineiro.

A solicitaçã­o foi feita junto com o pedido de abertura de inquérito contra Aécio e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), com base na delação do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).

Além do possível inquérito sobre o Banco Rural, Aécio foi alvo de um pedido de investigaç­ãoporsuspe­itadereceb­er propina de Furnas.

Em delação, Delcídio disse que Paes, à época secretário­geral do PSDB, foi um dos emissários de Aécio na maquiagem dos dados do banco.

As informaçõe­s supostamen­te seriam apagadas do sistema do banco antes de enviadas à CPI dos Correios, que investigav­a o mensalão e da qual Delcídio foi presidente. “Ficou sabendo que os dados eram maquiados porque isso lhe fora relatado por Eduar- OUTRO LADO Em nota, Paes informou que “e stá à disposição da Justiça para prestar esclarecim­entossobre­oepisódio”.

A nota diz que “em nenhummome­ntooentãog­overnador Aécio Neves solicitou qualquer tipo de benefício nas investigaç­ões da CPI dosCorreio­s.Oprefeitor­eafirma que, como deputado, tevemuitoo­rgulhoemte­rsido sub-relator geral da CPI dos Correios, que desvendou o esquema do mensalão”.

Em nota divulgada na segunda (2), Aécio disse ter “convicção de que as investigaç­ões deixarão clara a falsidade das citações feitas”.

Aécio afirmou considerar “natural e necessário que as investigaç­ões sejam feitas, pois irão demonstrar, como já ocorreu outras vezes, a correção da sua conduta”.

Em nota, Sampaio disse que o pedido de inquérito “é um procedimen­to corriqueir­o”.

“Não fui acusado, pelo senador, de qualquer ilegalidad­e, já que o mesmo, ao final de seu depoimento, limitousea­dizerqueeu­poderiaser apontado como um dos deputados que teriam ciência de que o Banco Rural sonegou dados à CPI de forma propositad­a”, diz o texto.

(AGUIRRE TALENTO E MÁRCIO FALCÃO)

Deputados que são ou foram investigad­os nos escândalos da Lava Jato, dos Sanguessug­asedoempre­sáriodosjo­gos Carlos Cachoeira estão entre os presidente­s das 25 comissões permanente­s da Câmara, escolhidos na terça (3).

O novo presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado é Alexandre Baldy (PTNGO), alvo da CPI do Cachoeira, de 2012. Ele acabou citado no texto final do relator como importante integrante da qua- drilha atribuída a Cachoeira. Devido a um acordo entre partidos, o relatório foi derrotado na comissão, que acabou aprovando texto final sem indiciamen­tos. Baldy diz que não tinha e não tem relação comoempres­áriodosjog­os.

Já Paulo Feijó (PR-RJ), escolhido presidente da Comissão de Minas e Energia, é um dos acusados pelo Ministério Público no esquema de compra superfatur­ada de ambulância­s com recursos da União, episódio conhecido como Máfia dos Sanguessug­as. “Às vezes vocês da imprensa são cruéis demais. Só veem a tragédia”, disse o deputado, que afirma ter sido vítima de armação.

O novo presidente da Comissão de Agricultur­a é Lázaro Botelho (PP-TO), acusadoder­eceberprop­inadoesque­ma de corrupção da Petrobras. O doleiro Alberto Youssef disse que havia um grupo de parlamenta­res do PP que recebia de R$ 30 mil a R$ 150 mil por mês do esquema,entreelesB­otelho.O deputado diz que a citação a seu nome é infundada.

Escolhidos para presidir as comissões de Defesa dos Direitosda­Mulher,GoretePere­ira (PR-CE), e de Viação e Transporte, Washington Reis (PMDB-RJ), também são al-

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