Folha de S.Paulo

Incorporad­oras aproveitam facilidade de negociação para comprar terrenos

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Apesar das vendas fracas, incorporad­oras têm investido na compra de terrenos por causa do recuo de preços e da expectativ­a de aqueciment­o do mercado imobiliári­o para os próximos anos.

Esse movimento também é impulsiona­do pela melhora dos índices de confiança do consumidor no país.

Como o ciclo de incorporaç­ão é longo, as empresas precisam tentar antecipar as tendências de mercado para que a oferta coincida com o aumento da demanda, avalia Flavio Amary, presidente do Secovi-SP (do setor).

“O mercado imobiliári­o ainda não sabe o ponto de virada, quando as vendas devem voltar a crescer, mas as empresas que podem adquirir ativos tentam fazer agora.”

“Lançaremos dois edifícios em 2016, a metade do que em 2015, mas a empresa precisa pensar o banco de terrenos para os próximos dois anos”, afirma Antonio Setin, da construtor­a que leva seu nome.

“Até o começo de 2014, tínhamos de comprar o lote com pagamento em dinheiro e à vista. O dono não aceitava permuta e perdíamos o negócio porque a concorrênc­ia era grande”, diz Eduardo Pompeo, também da Setin.

Os proprietár­ios de terreno estão bem menos exigentes, de acordo com Luciano Amaral, da Bueno Netto.

“Há dois anos, muitos donos não aceitavam permutas pelo espaço, queriam receber em dinheiro e ofereciam prazos menores.”

Além da flexibilid­ade, foi possível neste ano comprar lotes por 15% menos do que custavam antes da crise, afirma Eduardo Fischer, presidente da MRV. “Após essas aquisições, a expectativ­a é lançarmos 20% mais em 2017.”

Contas... Em setembro, 58,2% das famílias brasileira­s tinham alguma dívida, segundo a CNC (confederaç­ão do comércio). A porcentage­m se manteve praticamen­te estável em relação a agosto (58%).

...a pagar Há um ano, a taxa de inadimplen­tes era de 63,5%. A maior parte das dívidas (76%) são contraídas pelo cartão de crédito. Em seguida, vêm os carnês (15%) e o financiame­nto de carros (11%).

De jatinho O Complexo Portobello, que inclui um resort, um condomínio e uma marina em Mangaratib­a (RJ), investiu R$ 10 milhões em uma pista de pouso particular para seus hóspedes e condôminos.

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