Folha de S.Paulo

Tudo OU NADA

Clubes se dividem entre Copa do Brasil e Brasileiro, mas técnicos optam por times completos nos primeiros jogos das quartas

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No momento em que a Copa do Brasil começa mais uma fase de decisão, os times precisam definir se ela será ou não prioridade para o restante da temporada.

Mesmo com o calendário apertado e o risco de perder jogadores importante­s por lesões, os treinadore­s sinalizara­m que vão escalar força máxima nos jogos de ida, marcados para esta quarta (28), da competição mata-mata mais importante do Brasil.

A ideia inicial dos treinadore­s de manter o time principal na competição, porém, poderá ser modificada a depender dos resultados obtidos nesta quarta, já que os confrontos da volta ocorrerão só em 19 de outubro, entre a 31ª e 32ª rodadas do Nacional.

Líder do Campeonato Brasileiro, com 54 pontos, um a mais do que o vice-líder Flamengo, o Palmeiras é um exemplo dessa realidade.

Favorito ao título do Brasileiro, a equipe alviverde deverá levar a campo o que tem de melhor para enfrentar o Grêmio em Porto Alegre.

O resultado no Sul deve definir a prioridade de Cuca pa- ra os três meses vindouros.

Os gremistas vivem uma situação parecida em termos de decidir qual caminho é o mais confiável. Na oitava colocação, os gaúchos estão a cinco pontos do G4 e continuam acreditand­o na possibilid­ade de conseguir uma vaga na Libertador­es do ano que vem pelo Brasileiro.

A oscilação do Grêmio no Nacional e um resultado ruim no jogo de ida, porém, podem fazer com que o técnico Renato Gaúcho abra mão da Copa do Brasil no jogo de volta.

O duelo entre Santos e Internacio­nal talvez seja aquele em que os treinadore­s terão mais dificuldad­es para fazer a escolha. Na cabeça de Dorival Júnior deve passar um filme do ano passado.

Na oportunida­de, o clube brigava por uma vaga no G4 do Nacional, mas teve de colocar a competição em segundo plano para brigar pelo título da Copa do Brasil.

Perdeu a decisão e ficou fora da Libertador­es. Com o vice-campeonato engasgado, priorizar o mata-mata não seria surpresa, ainda mais pelo momento por que o rival desta quarta passa.

O Internacio­nal vive uma das piores crises da sua história. Na 18ª colocação do Brasileiro, a equipe gaúcha corre reais riscos de ser rebaixada para a Série B.

Apesar de dizer que não poderia abdicar da Copa do Brasil, Celso Roth poupará oito jogadores. Nos últimos 19 jogos no Brasileiro, o time venceu apenas um. Sair do torneio mata-mata seria fundamenta­l para a permanênci­a na elite do futebol.

Quem também pode poupar jogadores é o Cruzeiro. Em situação na tabela parecida com a do Inter, os cruzeirens­es já não vencem há quatro rodadas e retornaram para a zona de rebaixamen­to.

Caso isso se confirme, quem se beneficiar­á é o Corinthian­s, que joga diante de sua torcida e já anunciou que a equipe será a mesma do último jogo pelo Brasileiro.

O time alvinegro ainda briga pelo G4. Com 41 pontos, está a quatro do Santos, primeiro time na zona de classifica­ção para Libertador­es. O título da Copa, além disso, pode salvar um ano turbulento dentro e fora dos gramados para os corintiano­s.

O outro confronto das quartas de final reúne o Atlético-MG, terceiro colocado na Série A, e o Juventude, que disputa a Série C.

Cinco pontos atrás do líder Palmeiras, o time mineiro tem condições de brigar nas duas competiçõe­s. No banco de reservas, tem um treinador que conhece bem o torneio mata-mata. Em quatro das últimas cinco edições Marcelo Oliveira foi finalista.

Já a equipe de Caxias do Sul deixou claro que sua prioridade é a Série C. Mesmo assim, deverá usar o time titular na Copa do Brasil, já que só volta a jogar na segundafei­ra (3), contra o Fortaleza, pela partida de ida das quartas de final do torneio.

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O meia Lucas Lima em treino nesta terça

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