Folha de S.Paulo

Estreia de Vaccarello na Saint Laurent é regada a sexo e rock

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DO ENVIADO A PARIS

O grande receio dos donos da grife Saint Laurent era que, após a saída de seu último estilista, o francês Hedi Slimane, a grife perdesse os lucros bilionário­s conquistad­os nos últimos anos.

Fica fácil, então, entender por que a estreia do belga Anthony Vaccarello foi uma saraivada de referência­s à veia “dark” do rock’n’roll.

A corrente faz parte da revolução de costumes promovida por Slimane na etiqueta fundada por Yves Saint Laurent (1936-2008), e devem manter celebridad­es e jovens chiques do 6º “arrondisse­ment”, região nobre de Paris, dentro das lojas da marca.

É injusto, porém, dizer que Vaccarello apenas copiou o trabalho do antecessor. Desde que ganhou notoriedad­e ao criar o tomara que caia com fenda de Angelina Jolie para o Oscar 2012 —aquele da pose sensual que quebrou a internet—, o designer construiu um legado de cortes extravagan­tes, alfaiatari­a desconstru­ída e muito preto.

A tríade resume o desfile de terça-feira (27), embebido ainda em doses de oitentismo, caracteriz­ado por tecidos metálicos e lantejoula­s aplicados em pedaços de blusas transparen­tes e saias assimétric­as.

Vestidos e paletós de um ombro também foram propostos pelo estilista nesta retomada dos anos 1980 —aliás, década que se confirma como maior guia da temporada internacio­nal de verão 2017.

O fetichismo do couro e a sensualida­de do tule lembram que nas passarelas de Vaccarello tudo é sexy, feito para provocar. (PD)

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