Pesquisas consideraram votos nulos e brancos como se fossem de Doria
UM ESCÂNDALO sem precedentes vai estourar na campanha para a Prefeitura de São Paulo nos próximos dias. Pesquisadores dos institutos inflaram a candidatura de João Doria (PSDB) involuntariamente, por erro de interpretação na resposta dos entrevistados.
“Descobrimos que quando um eleitor dizia que ia votar em branco, ou nulo, o pesquisador entendia que o voto era de Doria, que é branco e nulo. Por isso ele acabou disparando em todos os levantamentos”, disse o diretor de um instituto, que pediu para não ser identificado.
Os problemas também afetaram outras candidaturas. Os eleitores de Haddad, por exemplo, andaram tão devagar que não conseguiram chegar aos locais de pesquisa. Já os de Marta simplesmente se perderam pelo caminho porque não sabem a diferença entre esquerda e direita. Os de Levy Fidelix não existem mesmo.
NOS ÚLTIMOS DIAS, por onde Fernando Haddad passa, ele está junto. Roupa vermelha, cabelo e barba branquinhos e o semblante de quem está de saco cheio. Lula? De jeito nenhum! O candidato do PT à prefeitura de São Paulo garante que é apenas Papai Noel. A presença do bom velhinho em seus passeios pela periferia prometendo até títulos de propriedade seria uma espécie de Natal fora de época, assim como existem os carnavais fora de fevereiro.
Quem não gostou nada foi o pessoal da Leader Magazine, acostumado a anunciar a chegada do Natal. Chegaram a declarar o apoio a Marta Suplicy, do PMDB, mas a candidata recusou. Só veste Prada. Tentaram Doria, mas ele fez cara mais feia do que para o pastel de queijo que andou comendo por aí. Se os petistas acreditaram que Papai Noel existe e está com Haddad? Claro. Petista acredita em tudo.