FMI recomenda rapidez para aprovar reformas
O FMI (Fundo Monetário Internacional) apontou “sinais preliminares” de que a recessão no Brasil está perto do fim e mantem sua previsão de que a economia voltará a crescer no próximo ano, de acordo com o relatório anual produzido sobre o país pelo FMI após consulta com autoridades brasileiras, divulgado nesta quinta (29).
O Fundo prevê que o Brasil crescerá 0,5% no ano que vem, mas afirma que sua projeção depende da aprovação da proposta de teto para os gastos públicos e da reforma da Previdência “em um período razoável” e do cumprimento das metas estabelecidas para as contas do governo federal neste e no próximo ano.
O FMI manteve projeção de uma contração de 3,3% na economia brasileira neste ano. Sua previsão para o ano que vem é mais conservadora do que a da proposta de Orçamento encaminhada pelo governo ao Congresso, que prevê 1,6% de expansão em 2017.
Na avaliação do Fundo, a aprovação rápida das reformas daria “ímpeto” à recuperação da confiança e “poderia facilitar a redução do prêmio de risco” e deflagrar “um retorno mais vigoroso” dos investimentos e do crescimento.
No capítulo das recomendações, a instituição considera “imperativo” e “bem-vindo” manter o foco no controle das contas do governo e sugere rever a vinculação entre aposentadorias e benefícios sociais e o salário mínimo, que aumentou acima da inflação nos últimos anos.
“A fórmula para os ajustes do salário mínimo afeta o crescimento das aposentadorias e outros benefícios e portanto é uma grande fonte de pressão no médio prazo”, diz o FMI. “A ligação entre benefícios sociais e o salário mínimo merece ser revista.”