O presidente americano afirmou a repórteres, após se reunir com o premiê grego Alexis Tsipras, que o mundo
Barack Obama, presidente dos EUA, tentará tranquilizar seus parceiros na Europa nos próximos dias em sua visita a Atenas e a Berlim, durante seu último giro no exterior.
Obama será substituído em janeiro por Donald Trump, em um processo visto com apreensão pela União Europeia. Trump, afinal, tem reservas em relação à participação americana na Otan (a aliança militar ocidental).
Líderes europeus temem que, após empossado, o republicano cumpra as ameaças de campanha e ponha em risco pacto militar. Além de exigir maior participação de outros Estados no orçamento da aliança, Trump questionou a obrigação americana de defender aliados no caso de um ataque da Rússia.
Obama deve viajar na quarta-feira (16) para Berlim e, ali, reunir-se com a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês François Hollande, o premiê italiano Matteo Renzi e a premiê britânica Theresa May. A última parada de sua derradeira viagem será em Lima, no Peru. NACIONALISMO precisa proteger-se contra o crescimento dos movimentos nacionalistas, como os baseados na identidade étnica.
Apesar de não ter criticado Trump diretamente, Obama demonstrou reservas sobre a onda conservadora nos EUA. É um cenário familiar à Europa, onde partidos como o Alternativa para a Alemanha ou o francês Frente Nacional estão em alta.
“O futuro do mundo será definido pelo que temos em comum, em oposição às coisas que nos separam e que, no final das contas, nos levam ao conflito”, afirmou.
Obama citou a Europa como exemplo, dizendo que o século 20 foi um “banho de sangue”, em referência às duas guerras mundiais.
O presidente americano citou também a tecnologia e a globalização como possíveis explicações para o resultado das eleições deste mês nos EUA e também do referendo britânico que decidiu, em 23 de junho, a saída do Reino Unido da União Europeia.
“As pessoas estão menos certas sobre suas identidades nacionais e sobre seu lugar no mundo”, afirmou.
Obama deve visitar a Acrópole na quarta e, em seguida, discursar sobre a globalização. O presidente também terá que tranquilizar líderes europeus sobre a posição americana em questões de mudança climática, nas relações com a Rússia e na participação no Oriente Médio. MERKEL CANDIDATA Norbert Röttgen, membro do partido de Merkel (União Democrata Cristã), disse na terça-feira (15) à rede de TV americana CNN que a chanceler vai concorrer a um quarto mandato. As eleições gerais na Alemanha devem ocorrer em setembro de 2017.