Alvo da Lava Jato recebeu de firma que fez obra em SP
Construtora atuou na ampliação de Marginal
Foragido na Operação Lava Jato, o advogado Rodrigo Tacla Duran é suspeito de lavar milhões de reais de um consórcio que atuou na obra de ampliação da Marginal Tietê, executada pelo governo de São Paulo, de acordo com a investigação.
Documento do Ministério Público Federal, elaborado com base em dados da Receita, aponta que a EIT (Empresa Industrial Técnica), integrante do Consórcio de Desenvolvimento Viário, pagou R$ 3,7 milhões ao escritório de advocacia de Tacla Duran dos anos de 2011 a 2013. A informação foi mostrada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
A obra da Marginal era de responsabilidade do Estado, à época governado por José Serra (PSDB). A prefeitura, então sob comando de Gilberto Kassab (PSD), também participou do projeto.
A Procuradoria sustenta que a EIT e outras empreiteiras foram intimadas a apresentar esclarecimentos a respeito dos serviços advocatícios prestados, mas somente mostraram “notas fiscais e comprovantes de pagamento”. Para a investigação, isso corrobora delatores que sustentam que Tacla Duran lavava dinheiro para construtoras.
Além de Tacla Duran, a EIT e o consórcio também pagaram R$ 49 milhões a empresas de Adir Assad, já condenado na Lava Jato.
Em janeiro, Assad foi denunciado pelo Ministério Público do Estado sob suspeita ligada à obra da Marginal.
Serra informou que não comenta investigações. Kassab disse que a prefeitura apenas prestava apoio ao projeto.