Folha de S.Paulo

Medida doce não resolve recessão, afirma Temer

- GUSTAVO URIBE

O presidente Michel Temer afirmou que o governo enfrentará dificuldad­es no Congresso para a aprovação da reforma previdenci­ária, mas ressaltou que não se pode ter a ilusão que uma recessão econômica seja resolvida com “medidas doces”.

Em discurso em jantar oferecido à base aliada no Senado, promovido no Palácio do Alvorada, o peemedebis­ta afirmou que muitas vezes é necessário tomar “medidas amargas”. Segundo ele, há uma consciênci­a nacional de que uma reforma previdenci­ária é “indispensá­vel”.

“O primeiro passo é tirar o país da recessão para depois começar o cresciment­oe,comele,ageraçãode emprego”, disse.

“Você precisa muitas vezes de medidas amargas, e essas medidas visam o futuro, não o presente”, completouT­emer.

Segundo ele, o país passa por uma recessão econômica “profunda” e “extremamen­te preocupant­e” e a proposta do teto de gastos públicos, programada para ser votada em primeiro turno no dia 29 de novembro, faz parte do esforço do governo federal para superar o quadro atual.

“Vai ser difícil [a reforma previdenci­ária]? Vai, mas creio que já há uma consciênci­a nacional e as pesquisas revelam que ela é indispensá­vel.”

O presidente reforçou que, após a reforma previdenci­ária, o governo promoverá uma reforma trabalhist­a. “Temos pouco tempo de governo federal e, portanto, precisamos fazer isso rapidament­e.”

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