Guarda dos EUA não busca por desaparecidos
ALEXANDRE DE OLIVEIRA
coiote brasileiro que ofereceu viagem das Bahamas à Flórida à reportagem da Folha por US$ 12 mil
DO ENVIADO A NASSAU (BAHAMAS)
A Guarda Costeira dos EUA não está engajada na busca do grupo de 12 imigrantes brasileiros desaparecidos supostamente durante a travessia por mar entre as Bahamas e a costa do Estado da Flórida.
Em resposta à Folha por e-mail, o braço das Forças Armadas responsável pela fronteira marítima informou que não houve registros de busca e resgate na época em que o grupo desapareceu, há dois meses.
Um segundo motivo para a inação é que a Guarda Costeira não teria recebido informações precisas para que seja identificada uma área específica de busca.
De acordo com a Guarda Costeira, a navegação pela costa da Flórida “pode ser extremamente perigosa” e frequentemente leva a “ferimentos e morte”. “Eles estão arriscando as suas vidas com muito pouca chance de sucesso.”
O Itamaraty informou que mantém contato permanente com as autoridades dos países envolvidos e as famílias dos desaparecidos, que teriam embarcado de Nassau rumo aos EUA em 6 de novembro.
A Polícia Federal acompanha o desaparecimento por meio de sua adida lotada no Consulado do Brasil em Miami. Procurada sobre eventuais avanços nas investigações, não respondeu à solicitação enviada por e-mail.
A reportagem da Folha enviou perguntas por escrito ao gabinete do chancelerbahamense,FredMitchell, mas não houve resposta até a conclusão desta edição. (FM)
Rapaz, o pessoal está tudo certo. O capitão já saiu de lá [dos EUA], está chegando aqui [às Bahamas] Você tem uma hora para decidir se quer ou não quer. Tranquilo? Não, desculpa, em uma hora [o barco] vai sair daqui. Você tem meia hora