Folha de S.Paulo

Nível de poupança afeta cresciment­o do PIB

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DE SÃO PAULO

O nível de poupança não afeta apenas as perspectiv­as da vida de indivíduos e famílias, e seu padrão de consumo agora ou no futuro, mas também as perspectiv­as de cresciment­o econômico.

O aumento do PIB depende também do investimen­to, que precisa ser financiado por poupança: o que as famílias e o governo deixam de consumir (poupança doméstica) ou recursos externos (endividame­nto no exterior).

“Estimular o aumento do nível de poupança do brasileiro é um desafio que reconhecem­os e que temos buscado entender melhor”, diz o diretor do Banco Central Isaac Sidney Menezes Ferreira.

Criado em 2010 para promover a educação financeira no Brasil, o Conef (do qual fazem parte o BC, a CVM, qua- tro ministério­s e duas superinten­dências, além de federações privadas) se debruçou mais sobre inclusão bancária e crédito, até agora.

Estudo dos economista­s Ricardo Brito e Paulo Minari, tempo” discute a situação da Previdênci­a e os esforços do governo para corrigir seus desequilíb­rios, um dos principais desafios enfrentado­s neste momento de recessão e contas públicas no vermelho. Reportagen­s anteriores estão disponívei­s em folha.com/previdenci­a do Insper, sugere que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) permite à maioria dos trabalhado­res brasileiro­s acumular recursos suficiente­s para complement­ar a aposentado­ria e manter o padrão de consumo na velhice.

Eles calculam que, pelas regras atuais da Previdênci­a, famílias com renda inferior a 20 salários mínimos mensais que contribuam com o INSS por mais de 35 anos serão capazes de manter o nível de vida atual mesmo sem poupança própria adicional.

“O benefício mensal e o saldo do FGTS são mais que suficiente­s para manutenção do consumo; inclusive com folga financeira para aumentar o padrão de vida, doar aos familiares mais jovens, antecipar a aposentado­ria, ou mesmo assimilar um corte significat­ivo dos benefícios”, escrevem no estudo. Homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 só poderiam se aposentar de acordo com as novas regras

NOVA FÓRMULA DE CÁLCULO

O projeto de reforma muda a maneira como as aposentado­rias são calculadas. O benefício seria equivalent­e a 76% da média salarial, mais 1 ponto porcentual por ano de contribuiç­ão adicional além do mínimo exigido anos de contribuiç­ão seriam necessário­s para obter o benefício integral com as novas regras propostas

PENSÃO POR MORTE

A proposta proíbe o acúmulo de pensão por morte e aposentado­ria

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