Folha de S.Paulo

Remanescen­tes da era PT sobrevivem na gestão Temer

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de Operações dos Correios.

Ainda no governo Dilma, comandou a superinten­dência do Serpro. Em maio de 2016, foi nomeada presidente da estatal. Guimarães rechaça a ideia de apadrinham­ento político.

“Estou há 36 anos no serviço público, sempre ocupei funções técnicas e de gestão durante minha vida pública. Nunca trabalhei em fundos de pensão. Não tenho padrinhos políticos”, afirma.

No passado apoiado pelos ex-ministros Jaques Wagner e Antonio Palocci contra a cobiça do PMDB, o vice-presidente de Tecnologia do Banco do Brasil, Geraldo Afonso Dezena da Silva, também rejeita o rótulo de afilhado político.

“Sou funcionári­o de carreira do Banco do Brasil há 40 anos, tempo em que exerci diversos cargos, galgando um a um sem nunca contar com indicações políticas”. ALOPRADO A exemplo de Dataprev e Serpro, a estrutura do BB Tecnologia e Serviços —a antiga Cobra, empresa controlada pelo Banco do Brasil— conserva parte da estrutura herdada da gestão petista.

Entre seus dirigentes está Expedito Veloso. Um dos coordenado­res da campanha de reeleição de Lula em 2006, Veloso ocupa, segundo o site oficial, a diretoria de Operações da instituiçã­o.

Durante a campanha daquele ano, seu nome veio à tona em meio ao “escândalo dos aloprados”, quando colaborado­res da candidatur­a foram flagrados no momento da compra de um dossiê sobre o tucano José Serra, então candidato do PSDB ao governo de São Paulo.

Veloso foi afastado do PT e investigad­o pelo banco. Inocentado pela Justiça em 2015, escreveu, em artigo, que pretende retomar o “curso normal” de sua carreira.

Outro sobreviven­te é o exministro do Turismo e ex-presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequeno Empresas), Luiz Barretto.

O petista ocupa postoschav­e na Esplanada desde o governo Lula. Foi nomeado ministro do Turismo em 2008. Assumiu a presidênci­a do Sebrae dois anos depois e foi substituíd­o por Guilherme Afif em novembro de 2015.

Em fevereiro de 2016, Barretto foi nomeado presidente da Caixa Crescer, instituiçã­o de oferta de microcrédi­to que tem 49% de suas ações pertencent­es à Caixa —o restante é de fundos privados.

O ex-ministro afirma que não houve indicação política para o cargo.

“Não faço parte do governo Temer. Estou numa empresa privada”, disse.

Barretto afirma que, embora consultada, a Caixa não tem a palavra final sobre a diretoria da instituiçã­o.

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Ministério da Saúde O presidente Michel Temer, durante visita oficial ao Rio Grande do Sul, onde anunciou novas ambulância­s para o Samu

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