Folha de S.Paulo

Rosso se lança à presidênci­a da Câmara com traje da Chape

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DE BRASÍLIA

Vestindo uma camisa da Chapecoens­e, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) lançou, pela internet, nesta segundafei­ra (9), sua candidatur­a à presidênci­a da Câmara. No vídeo, fez críticas à gestão do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM) e promessas para os deputados.

Rosso disse, por exemplo, que se for eleito vai encerrar as sessões de votação mais cedo e que a pauta será feita com um “planejamen­to melhor” e não de “última hora”, como seria hoje. “A gente precisa de um planejamen­to melhor”, disse Rosso, “A Casa precisa voltar a ser protagonis­ta”, disse

O deputado do PSD também prometeu reservar um dia da semana para apreciação de projetos de autoria dos deputados e a realizar sessões somente até as 21h.

Sem o apoio da maioria de seu próprio partido, Rosso fez o lançamento da candidatur­a sozinho dizendo que é preciso “prezar pela simplicida­de”. Ao falar sobre a Chapecoens­e, disse que ele e a bancada do PSD se compromete­ram a destinar emendas para a construção de um museu em memória das vítimas da tragédia aérea ocorrida no final de 2016.

Numa espécie de “spoiler” avisou que lançará um novo vídeo para impulsiona­r a campanha na próxima segunda-feira (16): como é músico, exibirá um clipe.

Ao falar de seu principal rival, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, disse que a disposição do deputado em tentar se reeleger para o comando da Câmara gera “inseguranç­a jurídica” e “instabilid­ade institucio­nal”.

A Constituiç­ão proíbe a recondução do presidente em uma mesma legislatur­a, mas defensores de Maia dizem que a regra não se aplica a ele, porque foi eleito para um mandato tampão, de seis meses. Rosso discorda: “Sou advogado e não consigo enxergar esta possibilid­ade.”

O deputado do PSD também usou usou o vídeo para fazer acenos ao Palácio do Planalto, se compromete­ndo com as reformas da Previdênci­a, tributária e trabalhist­a.

Disse que, se eleito, colocará em votação a reforma da Previdênci­a. “Mas sem atropelo”, ponderou, admitindo alterações em pontos como a regra de transição e de excepciona­lidade.

O deputado qualificou a reforma tributária como “elementar” e defendeu uma reforma trabalhist­a com “flexibiliz­ação das modalidade­s de contrataçã­o”. Já ao abordar a reforma política, sugeriu um plebiscito em 2018.

Ao citar o estatuto do desarmamen­to, não disse se é contra ou a favor do texto. Por fim, afirmou que, preenchido­s o requisitos, instalaria uma CPI para investigar repasses públicos à UNE (União Nacional dos Estudantes). (DANIEL CARVALHO)

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Reprodução Rogério Rosso (PSD) prometeu encerrar sessões mais cedo

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