Trump deve indicar genro para cargo na Casa Branca
Jared Kushner deve ser conselheiro da Presidência, diz mídia americana
Indicação do parente pode ser barrada devido a leis antinepotismo e a regulamentações sobre conflito de interesses
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vai indicar seu genro, Jared Kushner, 35, a um posto de conselheiro da Presidência, afirmaram nesta segunda-feira (9) o jornal “The New York Times” e a rede NBC.
A indicação de Kushner já era esperada, mas não se sabe qual papel ele desempenhará na Casa Branca.
Assim como Trump, Kushner é um nome proeminente da indústria imobiliária de Nova York.
Seus negócios podem representar potenciais conflitos de interesse, como o bilionário acordo com o grupo chinês Anbang para reformar edifício na Quinta Avenida.
Kushner pode ser enquadrado na lei antinepotismo de 1967 —sancionada após John Kennedy indicar o irmão para ser procurador-geral.
O anúncio oficial do cargo de Kushner é esperado para os próximos dias, segundo duas fontes próximas da equipe de transição do presidente eleito.
De acordo com o jornal “New York Times”, Kushner está trabalhando com sua equipe de advogados e estudando como pode se distanciar dos seus negócios para assumir um cargo na Casa Branca.
Kushner emergiu durante a campanha eleitoral como uma das principais vozes na equipe do republicano, especialmente nas áreas de estratégia e financiamento.
Sua empresa, as Organizações Kushner, é uma das maiores do ramo imobiliário em Nova York e é dona do portal “New York Observer”.
O empresário se casou com Ivanka Trump em 2009. O casal tem três filhos. EM FAMÍLIA Para críticos, Trump alimenta tanto nepotismo quanto conflito de interesses ao incorporar seus filhos à sua equipe de transição e, agora, ao seu governo.
Donald Jr., 39, o primogênito do presidente eleito, foi decisivo na seleção do deputado Ryan Zinke (Montana), com quem compartilha o amor à caça, para o Departamento do Interior.
Já Eric, 33, segundo filho, juntou-se ao pai em ao menos uma reunião com Mitt Romney, quando o ex-presidenciável ainda estava no páreo para ser secretário de Estado.
Romney não foi escolhido em parte porque suas visões de mundo divergiam muito das de Trump, mas também porque ele se recusou a pedir desculpas públicas por ter chamado o empresário de “fraude” na campanha.
Ivanka, 35, a filha mais velha, também deve ter papel de destaque na futura gestão.
Ela estava presente, por exemplo, quando o pai recebeu o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe —isso enquanto Ivanka negociava licenciar sua marca de roupas para uma empresa japonesa.