Folha de S.Paulo

De David Uip, seu par no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

- ANGELA PINHO DE SÃO PAULO EDUARDO SCOLESE

EDITOR DE “COTIDIANO”

A gestão do prefeito João Doria (PSDB) prepara mais duas versões do Corujão da Saúde. Criado com o objetivo de zerar a fila por exames na cidade de São Paulo, o programa será replicado para acelerar a realização de consultas médicas e cirurgias.

As duas novas etapas deverão ser iniciadas após abril, quando a equipe do tucano prevê ter liquidado a lista de espera por exames, hoje de 485 mil pessoas.

A expectativ­a é de que, com o diagnóstic­o em mãos, parte desse contingent­e terá que passar por consultas ou cirurgias para continuar o tratamento. Os novos “corujões” terão o objetivo de atender a essa demanda ampliada.

Ao contrário da versão original, as próximas etapas não deverão usar horários ociosos em clínicas e hospitais privados. A avaliação na prefeitura é que será possível atender a procura por especialis­tas na própria rede municipal.

Para isso, os plantões nas unidades serão estendidos, de modo a cobrir o período entre as 18h e a meia-noite.

O caso das cirurgias é considerad­o mais complexo. A previsão é de que seja necessário ao menos um ano para zerar essa fila. Para alcançar esse objetivo, pacientes que necessitam de cirurgias mais complexas serão encaminhad­os a hospitais estaduais. Essas unidades, por sua vez, poderão encaminhar casos de menor gravidade à rede de atendiment­o municipal.

À frente dos “corujões”, o titular da Saúde na gestão Doria, Wilson Pollara, foi secretário-adjunto CRONOGRAMA O Corujão da Saúde para a fila de exames terá início oficial nesta terça-feira (10). A promessa é marcar em até 90 dias os exames de quem estiver na fila, e realizá-los em até 30 dias. Hospitais e clínicas privados ou filantrópi­cos poderão aderir ao programa em qualquer momento ao longo desse período.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, os exames serão realizados preferenci­almente entre as 20h e a meia-noite.

O fluxo de atendiment­o será dividido de acordo com três grupos de espera.

Os 73 mil pacientes que aguardam há mais de 180 dias pelo diagnóstic­o serão convocados para uma nova consulta, para que um médico avalie se o exame pedido ainda é necessário.

Se for, será agendado em até 90 dias e realizado em até 30 dias. Quem não for novamente à consulta não poderá fazer o procedimen­to.

Por meio de um convênio com a prefeitura, a Santa Casa irá atender parte desses pacientes que precisam ir novamente ao médico.

O grupo de pacientes mais numeroso, que espera de um a seis meses por um exame, já começou a ser convocado para o Corujão. São ao todo 296,5 mil pessoas. Elas também terão exames agendados até o mês de abril.

Para quem entrou na lista de espera há menos de um mês, o exame deve ser feito em até 30 dias, intervalo que a gestão Doria promete tornar o padrão a partir deste ano.

Atualmente, a maior demanda por exames em São Paulo é por ultrassom. Há atualmente 349 mil pessoas à espera na fila. Em seguida, vêm tomografia (42 mil), ecocardiog­rafia (33,5 mil), mamografia (32,2 mil) e ressonânci­a magnética (28 mil). CRONOGRAMA Há até 30 dias Entre 31 e 180 dias Há mais de 180 dias ETAPAS FUTURAS Corujão de consultas com especialis­tas Das 18h à 0h em unidades municipais Reagendame­nto de exame em até 90 dias Convocação ao médico para reavaliar pedido de exame, em até 90 dias Realização do exame em até 30 dias (até abril) Se diagnóstic­o for mantido, realização de exame em até 30 dias

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