Irmão de ditador norte-coreano é morto em aeroporto na Malásia
Kim Jong-nam, 46, era crítico do regime e vivia no exílio desde 2001
O meio-irmão do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, foi assassinado na Malásia.
De acordo com um funcionário do alto escalão do governo malásio, que falou sob condição de anonimato, Kim Jong-nam, 46, afirmou aos médicos que havia sido atacado com um spray químico.
O caso ocorreu no aeroporto de Kuala Lumpur, onde Kim esperava um voo para Macau, na China. Ele morreu a caminho do hospital. Um exame vai investigar a causa da morte.
Segundo a emissora sul-coreana Chosun, citando fontes do governo sul-coreano, Kim foi envenenado por duas supostas agentes norte-coreanas, que teriam fugido de táxi.
Kim Jong-nam era conhecido por suas posições críticas ao regime da Coreia do Norte e disse certa vez a um jornal japonês que se opunha às transferências dinásticas de seu país, onde o poder passa de pai para filho.
Ele também afirmou que seu irmão mais novo, Kim Jong-un, carecia de “um senso de dever e responsabilidade”, e advertiu que a corrupção levaria o país ao desastre.
Kim Jong-nam costumava ser chamado de “Pequeno general” quando era mais novo e chegou a ser considerado possível herdeiro do regime, mas caiu em desgraça em 2001, após ser preso em Tóquio ao tentar entrar com um passaporte falso para visitar um parque da Disneylândia.
Atualmente, vivia exilado com a família, entre Macau, Cingapura e a Malásia. Se confirmado o assassinato, este será o segundo parente morto pelo ditador. Em 2013, o tio Jang Song-thaek foi executado após ser condenado por traição e corrupção.