Folha de S.Paulo

Laya apresenta primeiro álbum solo, gravado ‘ao vivo’ no estúdio

Cantora foi acompanhad­a por músicos diferentes a cada sessão

- THALES DE MENEZES

Laya, a cantora, é cearense, alta, fã de Gal Costa e Jards Macalé, mora em São Paulo, tem um vozeirão, ocupa muito bem o palco com rodopios e gestos largos, faz MPB com algum DNA roqueiro e se apresenta nesta quarta-feira (15) no Sesc Pompeia.

“Laya”, o disco recém-lançado pela gravadora YB, traz 14 faixas, 8 das quais são composiçõe­s da cantora, sozinha ou com parceiros, e imprime a letras e sons uma carga de memória nordestina.

Antes, Laya, 33, era vocalista da banda de rock Jardim das Horas. “O disco tem mais essa coisa de percussão, brasileiro­na”, diz Laya à Folha . As gravações foram singulares. A proposta do produtor Mauricio Tagliari foi chamar músicos diferentes a cada sessão.

“Os músicos nem se conheciam, eu mesmo não conhecia alguns. Eu e o Mauricio mostrávamo­s a canção, em voz e violão, e eles saíam tocando junto e já íamos gravando. Fomos mudando as pessoas até concluir o disco.”

Laya reconhece que tudo poderia dar errado. “Nada estava predetermi­nado, então não teve como pensar ali na hora se estava certo ou errado, não estava sob o nosso controle, foi acontecend­o.”

Esse disco praticamen­te gravado “ao vivo” teve colaboraçã­o de mais de uma dúzia de instrument­istas. Nos shows, a banda pode sofrer mudanças a cada noite. “Como são músicos muito requisitad­os, fico competindo por eles, tentando encaixar todas as agendas”, explica Laya.

As faixas não autorais, que reúnem de autores contemporâ­neos com Ava Rocha, Clima e Romulo Fróes a uma regravação de “Hotel das Estrelas”, de Jards Macalé, formam com as demais um grupo heterogêne­o de canções pop e outras mais intrincada­s.

Os clipes contemplam um pouco de cada aspecto. “A Luz que Corta” é um tanto hermética, enquanto “Vem pra Chuva” é pop grudento.

Laya concorda que “A Luz que Corta” não é fácil de cantar. “Não é gostosinha, né? Ficou ‘estranhona’, eu gosto. Quando pinta algo que fica mais pop me surpreendo, fico feliz. Relutei em gravar ‘Vem pra Chuva’. Eu tendo mais a gostar do estranho.”

Laya divide a noite no Sesc com a cantora Duda Brack. QUANDO quarta (15), às 21h ONDE Choperia do Sesc Pompeia, r. Clélia, 93. tel. (11) 3871-7700 QUANTO deR$6aR$20

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Gal Oppido/Divulgação A cantora Laya, que lança hoje seu primeiro disco solo em apresentaç­ão no Sesc Pompeia

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