Folha premia reportagem sobre sítio ligado a Lula
No primeiro, de autoria de Natuza Nery e Paulo Gama, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero disse ter sido pressionado por Geddel a liberar a obra de um prédio em Salvador, vetada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), subordinado à pasta de Calero.
As reportagens de Sylvia Colombo sobre o processo de paz na Colômbia foram premiadas na categoria Especial. De Bogotá, entre setembro e outubro, a repórter narrou a assinatura do histórico acordo entre o governo e as guerrilhas da Farc —depois de cinco décadas de guerra— e a sua rejeição pelos eleitores.
O repórter fotográfico Rivaldo Gomes, do jornal “Agora”, venceu na categoria Foto com a imagem do grupo que o agrediu enquanto ele registrava a movimentação em uma praia de Santos (SP).
Gomes foi atacado a socos e chutes por banhistas —um deles o acusou de “tirar foto da mulher dos outros”. Teve os dentes quebrados, e sua câmera foi destruída.
Mesmo assim, fez com um celular a imagem do grupo que o havia espancado, o que acabou lhe rendendo o prêmio. A foto foi usada como prova no inquérito policial.
Na categoria Arte, o trabalho vencedor foi a série de cinco cadernos especiais sobre os 95 anos da Folha, completados em fevereiro de 2016.
Entre os temas dos cadernos estavam a cobertura dos debates do Encontro Folha de Jornalismo, realizado em 18 e 19 de fevereiro do ano passado, 95 das principais reportagens da história do jornal e as histórias por trás de fotos e filmes que marcaram época.
Na categoria Edição, o trabalho premiado foi “House of Lula” —três vídeos de título alusivo à série norte-americana “House of Cards” que buscaram resumir os turbulentos acontecimentos da política brasileira em março de 2016. Naquele mês, Lula foi alvo de uma operação da Polícia Federal e levado para prestar depoimento na Lava Jato.
A edição do “Guia Folha” com dicas sobre a rua Augusta, “a mais badalada e democrática da cidade”, foi a vencedora na categoria Serviço.