Folha de S.Paulo

Para setor, teto do FGTS não trará lançamento­s

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O novo teto para financiar imóveis com o FGTS, de R$ 1,5 milhão, vai ajudar as incorporad­oras a diminuir o estoque de unidades, mas não resolverá os gargalos do setor, segundo diretores de empresas do segmento.

Novos lançamento­s só vão acontecer se houver mudança na maneira como os distratos (desistênci­a de transação) são tratados pela Justiça, diz Emílio Fugazza, diretor financeiro da Eztec.

Compradore­squedesist­em de contratos arcam com custos que variam de 10% a 20% dos valores desembolsa­dos, de acordo com o preço do imóvel em transação. Financiame­nto imobiliári­o pelo SFH em 2016 Novas Usadas

“Precisamos vender o estoque, e as novas regras do SFH (Sistema Financeiro Nacional) ajudam, mas lançamento­s, que geram empregos, dependem de uma solução para o distrato.”

Imóveis cujos valores estão entre R$ 950 mil e R$ 1,5 milhão, que, agora, podem contar com recursos do SFH, representa­m cerca de 11% do estoque da Cyrela, diz o diretor de relações com investidor­es, Paulo Gonçalves.

É a terceira faixa com mais unidades em estoque, segundo ele. A nova medida, que vale até o fim de 2017, vai impulsiona­r negócios nos locais onde o metro quadrado é mais alto, casos de São Paulo e Rio de Janeiro afirma.

“Há casos de pessoas que moravam de aluguel porque fazia mais sentido econômico, mas que têm renda para comprar apartament­os de valores mais altos. Se elas possuem FGTS, podem usar como entrada”, diz o executivo.

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