Barba fina contra o ódio
“banco de fatos on-line”, capaz de fornecer ao usuário, de forma rápida, argumentos e fontes seguras sobre temas polêmicos, como criminalidade entre estrangeiros ou mudança climática.
A dificuldade, diz Kappes, é falar mais alto do que os populistas. JUBILEU
A Alemanha está se preparando para comemorar o quinto centenário da Reforma Protestante. Ao longo do ano, muitos concertos, palestras e exposições lembrarão o monge Martinho Lutero, que supostamente fixou, em 31 de outubro de 1517, em Wittenberg, suas 95 teses contestando a autoridade da Igreja Católica.
Um dos eventos mais esperados é a exposição “Lutero e a Vanguarda”, que será aberta em maio numa antiga prisão de Wittenberg, assim como em igrejas de Kassel e Berlim. Ali estarão obras de 60 artistas contemporâneos, entre eles o chinês Ai Weiwei, o dinamarquês Olafur Eliasson e a indiana Shilpa Gupta.
O objetivo é mapear os ecos, na atualidade, das teorias do monge rebelde, além de questionar as relações entre igreja, poder e cultura neste século. NOVOS LIVROS
Não podiam faltar inúmeras obras sobre Lutero e seu tempo, como romances históricos, livros de arte, música e até mesmo culinária. Entre as novas biografias destaca-se a da historiadora Lyndal Roper, de Oxford, “Martin Luther: Renegade and Prophet” (Lutero – renegado e profeta), que acaba de sair na Alemanha.
Roper é uma das maiores especialistas em história alemã do século 16 e trabalhou por mais de dez anos com cartas, textos e documentos a fim de escrever essa obra monumental.
Em sua detalhada análise psicológica de Lutero, ela mostra a personalidade contraditória do monge e como conflitos pessoais o levaram a contendas com o papa e com o imperador. INAUGURACÃO
Desde o mês passado, os museus de Berlim têm um novo concorrente: o Barberini, localizado na cidade vizinha de Potsdam. O nome vem do Palácio Barberini, uma galeria de arte que Frederico, o Grande, construiu ali há mais de 250 anos, ao lado de sua residência, inspirando-se no “palazzo” romano também assim chamado.
Mas o palácio de Potsdam foi destruído na Segunda Guerra Mundial (1939-45), e por muitos anos seu terreno foi um espaço livre, servindo até como estacionamento. Foi só em 2013 que começou a ser reerguido, com a fachada original.
“A Arte da Paisagem”, com 140 obras do período impressionista, e “Clássicos do Modernismo” (com trabalhos de Edvard Munch, Emil Nolde e Max Liebermann, entre outros) são os títulos das exposições inaugurais, abertas até maio. Grande parte das obras pertence ao fundador da empresa alemã de software SAP, o mecenas Hasso Plattner, que vem patrocinando a nova instituição.
O Barberini promete ser um dos museus particulares mais nobres do país.