Máscaras e tiaras fazem a cabeça de lojistas
No mercado das fantasias, acessórios ultrapassam trajes completos e se transformam em principal fonte de renda
Cruzeiros, circuito universitário e festas de Halloween ajudam empresários a manter a renda no resto do ano
Saem roupas de pirata e enfermeira, entram máscaras de políticos e tiaras de unicórnio. As lojas de fantasia apostam cada vez mais nos acessórios no lugar dos trajes completos para aumentar o faturamento no Carnaval.
Ao longo do ano, o setor tem conseguido manter o ganho com a ascensão de outras festas, em especial o Halloween, em outubro.
“A diversificação diminui o impacto da sazonabilidade”, diz Bruno Zamith, consultor do Sebrae-SP. “O Carnaval sempre será um pico de vendas, mas é importante ter eventos todos os meses.”
Fundada em 1975 na ladeira Porto Geral, no centro de São Paulo, a Festas e Fantasias vendia roupas de Carnaval apenas na época do feriado até 1994. Atualmente, vê mais futuro nos acessórios.
“Essa nova onda de blocos ajudou muito, as pessoas querem comprar adereços para usar”, afirma o dono do local, Pierre Sfeir, 60, que diz poupar os ganhos dessa época do ano para ter dinheiro quando as vendas caem.
“As fantasias dão um lucro maior, mas às vezes os acessórios geram mais receita, por terem muito mais saída”, diz Zamith, do Sebrae-SP. PARCERIAS Na Breshow, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), o movimento é parecido.
“No Carnaval, saem as peças mais simples, que vão ser usadas na rua”, afirma Claudia Martelli, 52, dona da loja. Segundo ela, isso promoveu o Dia das Bruxas a melhor momento do ano para a loja. “No Halloween as pessoas investem mais na roupa.”
Ao longo do ano, Martelli faz parcerias com casas noturnas que promovem festas a fantasia. “Ofereço um desconto para o cliente e consi- plumas e penas são usadas em um desfile de escola de samba de São Paulo; a unidade custa de R$ 0,01 (galinha) a R$ 20 (faisão)