Padilha pede licença e deve se tornar alvo da Lava Jato
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, licenciou-se nesta sexta (24) do governo, esuavoltaàfunçãoéincerta.
Aliados de Michel Temer (PMDB) consideram difícil a sua permanência. O ministro foi implicado pelo advogado José Yunes, amigo do presidente, no caso da entrega de um pacote por um operador ligadoaoex-deputadofederal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Padilha se afastou do cargo,inicialmenteaté6demarço, para tratar um problema de saúde. Neste fim de semana, ele deve passar por cirurgia para retirada da próstata.
AssessoresdeTemeravaliamquealicençaseráprolongada para dar tempo ao presidentetratardasubstituição.
Em depoimento à PGR (Procuradoria-Geral da República)nodia14,Yunesdisse ter recebido em 2014, após solicitação de Padilha, um pacote em seu escritório.
A versão bate com depoimento de ex-diretor da Odebrecht. Segundo o delator, Padilha determinou que fosseentregueaoadvogadoparte de R$ 10 milhões negociados entre a empresa e Temer para a eleição daquele ano.
A PGR deve pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para apuraracondutadePadilha.
Temer declarou ter solicitado “auxílio formal e oficial” à Odebrecht para o pleito de 2014, conforme permitido na Lei Eleitoral. Limitação do foro salvaria o STF da politização viciosa
Ante as críticas de “politização” e “partidarização” do STF, a solução é restringir a quantidade de detentores de prerrogativa de foro. O corte não serviria para prender um número maior de corruptos, masparasalvaroSupremoda politização viciosa.