Conta de luz fica mais cara em março com bandeira amarela
DO RIO
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) vai propor ao governo um calendário de leilões de petróleo para os próximos cinco anos, já com indicação prévia de todas as áreas que serão oferecidos durante o período.
Segundo o diretor-geral a agência, Décio Oddone, a ideia é dar às petroleiras maior prazo para avaliar as oportunidades oferecidas, o que poderia aumentar a competição e o preço de cada área.
Atualmente, a divulgação das áreas é feita menos de um ano antes de cada leilão.
“Se faz um leilão em setembro e divulga as áreas em maio, as empresas têm apenas seis meses para estudar”, justifica Oddone, que assumiu a direção-geral da agência em janeiro, substituindo Magda Chambriard.
Ele diz que a proposta em estudo prevê a realização de leilões de áreas do pré-sal e de outras bacias em todos os cinco anos, com o objetivo de reativar a atividade exploratória no país.
Em 2017, o governo prevê fazer a 14ª Rodada de Licitações de áreas no pós-sal e dois leilões do pré-sal, além de oferta de campos em terra.
Os leilões de petróleo estão entre as ações que o governo pretende pôr em prática para tentar destravar o investimento no país.
Em entrevista à Folha na semana passada, o secretário Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Marcos Ferrari, disse que as propostas para o setor podem gerar investimentos de R$ 236,1 bilhões. NOVAS REGRAS Oddone defendeu as mudanças anunciadas esta semana nas regras de conteúdo local para a exploração de petróleo, que reduziram em 50% o percentual exigido para compras de bens e serviços no país e foram criticadas pelos fabricantes.
“A atração de investimentos gera volume de compras. Na prática, 100% de nada é sempre menor do que 40% ou 30% de algo que está na mesa”, argumentou o diretorgeral da ANP, que fez carreira na Petrobras, passou pela Braskem e cuidou das operações de petróleo do porto do Açu antes de assumir a agência reguladora.
Oddone disse à Folha acreditar que setor de petróleo no país passa por uma “transformação irreversível”, com a redução do peso da Petrobras e o fortalecimento do investimento privado.
Na sua opinião, com um número maior de agentes, o setor fica mais blindado a eventuais reviravoltas políticas e regulatórias. (NP) DA REUTERS - As contas de luz no Brasil terão bandeira tarifária amarela no mês de março, com custo de R$ 2 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos, informou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (24).
Segundo a Aneel, a previsão das vazões para o mês de março que chegam aos reservatórios das hidrelétricas ficou abaixo do esperado, o que levou à indicação de maior geração termelétrica a fim de preservar os níveis de armazenamento e garantir o atendimento.
O mecanismo das bandeiras funciona com base na oferta de energia gerada. Quando a oferta é menor, podem entrar em vigor as bandeiras amarela e vermelha, que elevam o custo das contas.
Além da tarifa extra, o consumidor pagará mais por ela. É que no dia 14 a Aneel aprovou novos valores para as bandeiras. A amarela passa de R$ 1,50 para R$ 2 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
A bandeira vermelha patamar 1 fica inalterada, em R$ 3 para cada 100 kWh, e o da bandeira vermelha patamar 2 cairá de R$ 4,50 para R$ 3,50 a cada 100 kWh.
A atração de investimentos gera volume de compras. Na prática, 100% de nada é sempre menor do que 40% ou 30% de algo que está na mesa