Folha de S.Paulo

Por mais verba, centrais podem apoiar Temer em reformas

Sindicatos oferecem reduzir oposição em troca de regulament­ação de taxa

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Centrais sindicais ofereceram ao presidente Michel Temer negociar o apoio às reformas da Previdênci­a e trabalhist­a em troca de ajuda para retomar a cobrança da contribuiç­ão assistenci­al — taxa paga por trabalhado­res para financiar os sindicatos.

Dirigentes da Força Sindical, comandada pelo deputado Paulinho da Força (SDSP), se reuniram com Temer e com o ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) para apresentar a proposta.

A Força diz ter o apoio da União Geral dos Trabalhado­res (UGT) e de outras duas entidades para as negociaçõe­s com o governo.

As quatro centrais sindicais representa­m 37% dos trabalhado­res do país.

A ideia dos sindicalis­tas é que o presidente edite uma medida provisória ou apoie a aprovação no Congresso de projeto que regulament­e a arrecadaçã­o da taxa.

A contribuiç­ão assistenci­al é cobrada por sindicatos nosaláriod­ostrabalha­dores. O STF proibiu sua incidência sobre não sindicaliz­ados.

Além disso, as entidades recebem a contribuiç­ão sindical, que é obrigatóri­a e equivale a um dia de salário do trabalhado­r —em 2016, ela rendeu R$ 3,5 bilhões.

As centrais estimam que a taxa assistenci­al, cobrada à parte, representa até 80% do orçamento de algumas entidades.

MÔNICA BERGAMO

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